Caro(a) Leitor(a);
O BRICS é um grupo formado por onze grandes países emergentes: Brasil, Rússia,
Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita 1 , Egito, Etiópia,
Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Juntos, eles representam cerca de 49% da
população mundial, 36% do território, 39% do PIB global e 23% do comércio
internacional. Criado em 2001 como BRIC, o grupo ganhou força com a inclusão da
África do Sul em 2011 e novos membros em 2023 e 2025.
Objetivos e Ações
Desde a sua fundação, o grupo tem atuado respeitando os princípios do
direito internacional e da Carta das Nações Unidas, buscando reformas na
governança de organizações internacionais que reflitam melhor o posicionamento
econômico global dos países do BRICS, como a mudança nas cotas de participação
no Fundo Monetário Internacional (FMI). O BRICS também pauta suas ações no
desenvolvimento sustentável, que, alinhado à Agenda 2030 da ONU, promove a
modernização e a transformação digital, o fortalecimento do comércio e
investimentos sustentáveis.
Presidência e Estrutura
A presidência do BRICS é rotativa, com cada país assumindo a liderança
por 12 meses. O Brasil assumirá o comando em 2025. O grupo realiza mais de 100
reuniões anuais, incluindo cerca de 20 reuniões ministeriais para discutir
economia, saúde, educação, infraestrutura e outros tópicos. Em 2025, a
presidência brasileira do BRICS operará sob o lema "Fortalecendo a
Cooperação do Sul Global para uma Governança Mais Inclusiva e Sustentável"
.
Banco Central do Brasil (BCB) in
the BRICS
O Banco Central do Brasil (BCB) participa ativamente da Trilha
Financeira, que abrange discussões sobre políticas econômicas, bancárias e
financeiras. Os tópicos discutidos incluem:
Acordo de Reserva Contingente
(CRA)
O Acordo de Reservas Contingentes (ARC), criado em 2014, é um acordo que
fornece suporte financeiro aos países-membros em resposta a pressões reais ou
potenciais sobre o balanço de pagamentos. O ARC é um mecanismo que visa
contribuir para a robustez do mercado financeiro global, complementando os
mecanismos de apoio do FMI e sinalizando ao mercado que esses países
emergentes, por meio de maior coordenação entre si, estão mais bem equipados
para enfrentar potenciais crises e/ou flutuações de mercado.
O CRA pode ser utilizado em caso de necessidades de liquidez de curto
prazo, por exemplo, devido a pressões sobre a balança de pagamentos. O acordo
tem um valor inicial de US$ 100 bilhões. O compromisso atual de cada país com o
Acordo é:
Brasil, Rússia e Índia – US$ 18 bilhões cada;
China – US$ 41 bilhões;
África do Sul – US$ 5 bilhões.
Os valores máximos de acesso são calculados com base em multiplicadores
estabelecidos na negociação concluída e assinada oficialmente no Brasil em
2014. Hoje, eles equivalem a:
Brasil, Rússia e Índia – US$ 18 bilhões cada;
China – US$ 20,5 bilhões;
África do Sul – US$ 10 bilhões.
Canal Rápido de Segurança da
Informação do BRICS (BRISC)
O BRISC serve como uma plataforma para compartilhamento de experiências
entre bancos centrais na contenção de ataques cibernéticos e troca de
informações para fortalecer a segurança cibernética.
Força-Tarefa de Pagamento do BRICS
(BPTF)
A Força-Tarefa de Pagamentos do BRICS (BPTF) funciona como uma
plataforma para diálogo e troca de experiências e conhecimento entre
especialistas de bancos centrais, com foco em tópicos relacionados a sistemas
de pagamento, especialmente a regulamentação de sistemas de pagamento e
liquidação. As reuniões da BPTF incluem apresentações sobre os sistemas de
pagamento utilizados pelos bancos centrais, visando o aprendizado
compartilhado, envolvendo sistemas, regras e fluxos de trabalho associados a
pagamentos, incluindo pagamentos rápidos, pagamentos transfronteiriços e
infraestrutura financeira.
Grupo de Pesquisa Fintech (Hub de
Inovação)
Em 2023, a presidência sul-africana permitiu que os bancos centrais dos
países do BRICS publicassem um relatório sobre o funcionamento de seus
sandboxes regulatórios. Consequentemente, a presidência russa, em 2024, propôs
a criação de uma área separada para estudar questões relacionadas a fintechs,
chamada de Centro de Inovação, que explorou dois tópicos: o uso de tecnologia baseada
em IA nos mercados financeiros e a identificação remota transfronteiriça por
meio de sistemas nacionais de identificação.
Finanças para a Transição
Climática e Sustentabilidade
Os países do BRICS fizeram progressos em iniciativas de transição
climática e financiamento da sustentabilidade, integrando práticas de
sustentabilidade em suas economias para apoiar a transição para uma economia de
baixo carbono, aumentar a transparência e a comparabilidade de dados e também
promover práticas comerciais e financeiras sustentáveis alinhadas com os
objetivos do Acordo de Paris.
Reunião de Ministros das Finanças
e Governadores de Bancos Centrais (FMCBGM)
A Reunião de Ministros das Finanças e Presidentes de Bancos Centrais é
realizada regularmente todos os anos e antecede a Cúpula de Líderes
(presidentes e chefes de governo dos países-membros). A reunião é agendada,
organizada e coordenada pelo país que ocupa a presidência do grupo. Durante a
reunião, é apresentado um resumo das atividades realizadas pelos diversos fóruns
e grupos de trabalho do BRICS durante a respectiva presidência, e essas
atividades são deliberadas. Questões econômicas globais também são discutidas,
e declarações com avaliações e/ou posições econômicas são emitidas. Além disso,
são sugeridos tópicos a serem discutidos na Cúpula de Líderes e incorporados ao
Comunicado de Líderes, emitido anualmente após cada presidência do BRICS. Com
forte cooperação entre seus membros, o BRICS reforça sua relevância global,
contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a estabilidade
financeira.
O país foi convidado a participar, mas ainda não
concluiu os procedimentos para se tornar um membro oficial do grupo.
Para saber mais, acesse o link>
Fonte: Banco Central do Basil
https://www.bcb.gov.br/en/about/brics-en
Obrigado pela sua visita e volte sempre!
Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.
Acesse abaxo, os links das Livrarias>
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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