EUA e China: qual parceiro é mais importante para o Brasil

Caro(a) Leitor(a);

Entre os principais parceiros comerciais do Brasil no exterior, EUA e China se destacam pelo bom relacionamento com nosso país. No entanto, uma dúvida comum diz respeito a qual parceria é a mais importante. 

Por serem as duas maiores economias do mundo, ambos os países são muito importantes para o Brasil. Além de contribuir para a competitividade da indústria brasileira, as negociações de acordos comerciais com essas potências ampliam as condições de acesso aos mercados externos e aumentam a inserção da nossa economia no cenário internacional. 

Ao longo deste artigo, você vai conhecer a importância da parceria comercial entre Brasil, China e EUA, assim como quais são as principais vantagens das negociações entre os países.  

Estados Unidos e China: principais parceiros do Brasil 

A parceria comercial é uma prática essencial para que as nações possam se ajudar mutuamente e produzir melhor. Afinal, nenhum país pode ser considerado autossuficiente, uma vez que todos precisam de parceiros externos para atender às necessidades de sua população e se desenvolver economicamente. 

O Brasil apresenta uma boa reputação comercial e se destaca por parcerias com diferentes países, em especial China e EUA. Considerado o maior parceiro econômico do país, os Estados Unidos também são o principal investidor estrangeiro, com um estoque de US$ 123,8 bilhões em investimentos. 

Além disso, os EUA são o maior destino das exportações e a principal origem das importações do Brasil: somente em 2021, os países intercambiaram mais de US$ 20 bilhões. Já no primeiro trimestre de 2023, a exportação de produtos brasileiros para os EUA atingiu um nível recorde: US$ 8,2 bilhões, representando um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior — quase o dobro do crescimento das exportações do Brasil para o mundo, que foi de 4,8%. 

Outro parceiro comercial de destaque do Brasil é a China. Entre os 27 estados brasileiros, 14 deles — ou seja, mais da metade das unidades da federação — têm o país asiático como seu principal destino das exportações. Além disso, em 2022, as trocas comerciais entre os dois países totalizaram US$ 171,49 bilhões. 

Parceria entre Brasil e EUA 

Como destacamos, a parceria entre Brasil e Estados Unidos é uma das mais relevantes para nosso país atualmente, uma vez que os EUA são nosso maior parceiro econômico. Além disso, a nação norte-americana é a maior investidora do Brasil e a primeira parceira em serviços, como transporte, consultoria, advocacia, entre outros. 

Uma das principais características do relacionamento entre os dois países é a diversificação. Afinal, são feitas exportações e importações de uma grande gama de produtos, que vão desde insumos industriais e bens de capital (como máquinas e equipamentos), até peças de transporte e bens de consumo duráveis (como eletrônicos e eletrodomésticos). 

Destacam-se ainda as exportações de bens da indústria. Fabrizio Sardelli, especialista em relações comerciais e Superintendente de Relações Governamentais na Amcham, explica que se média de exportação desse tipo de produto do Brasil para o mundo é de 51%, para os Estados Unidos é de 82%. Além disso, ambos os países têm um diálogo bastante estruturado, com canais abertos para discussões e negociações sobre os mais variados temas. 

Vantagens da parceria entre Brasil e EUA 

Fabrizio Sardelli também nos ajuda a entender algumas das principais vantagens aproveitadas pelo Brasil graças à sua parceria com os Estados Unidos. Confira! 

 

Práticas sustentáveis 

Os EUA são, hoje, os maiores investidores em energia limpa no Brasil. Os dois países têm agendas de energia sustentável parecidas, atuando em parceria em pesquisa e implementação de fontes renováveis, como biomassa, etanol e energia eólica. Além disso, trabalham juntos em diversos temas relacionados ao meio ambiente, como as práticas de ESG — Ambiental, Social e Governança. 

Agilidade nas transações 

Nos EUA, há instrumentos e regras que tornam o comércio exterior mais ágil. O protocolo de facilitação de comércio, por exemplo, reduz a burocracia na aduana e torna as exportações mais rápidas e menos burocráticas. 

Também há o acordo de operador econômico autorizado, em que empresas brasileiras e norte-americanas confiáveis, que apresentam baixo risco, são identificadas e conseguem realizar trocas comerciais com mais celeridade. 

Maior valor agregado 

O comércio com os EUA apresenta maior valor agregado, já que nossas exportações junto ao país tendem a ser mais vantajosas do que as realizadas com outras nações. Isso porque os EUA são o nosso maior parceiro comercial de bens de alta tecnologia e serviços, além de existir uma cadeia produtiva colaborativa. 

Maior investimento    

O alto investimento dos Estados Unidos no Brasil é outra grande vantagem. Os EUA têm uma presença expressiva de empresas instaladas em território nacional, o que contribui para a geração de emprego de qualidade e o fortalecimento da economia. Esse investimento também estimula a competitividade e o desenvolvimento de setores estratégicos do mercado.

Parceria entre Brasil e China 

Ainda segundo o especialista Fabrizio Sardelli, a China é o maior parceiro comercial de compra e venda do Brasil, além de ser o primeiro destino das exportações do país. As negociações entre os dois países são importantes sobretudo para o agronegócio brasileiro, uma vez que a China é a maior compradora de soja do país. 

O país asiático investe significativamente em infraestrutura, energia, telecomunicações e outros setores-chave da economia brasileira. Essa parceria fortalece as relações bilaterais, promovendo o crescimento econômico, a geração de empregos e a transferência de tecnologia, e consolida o Brasil como um importante ator no comércio internacional. 

Em 2022, o Brasil destinou à China um quarto de suas exportações totais, respondendo por mais de US$ 90 bilhões de dólares em 2022. Entre os números de destaque está o fato de o país ter recebido 70% da soja e 63% do minério de ferro exportado pelo Brasil. Nesse cenário, nosso país conta com saldo positivo de cerca de US$ 30 bilhões no comércio com os chineses. 

Outro destaque é a criação do Fundo de Cooperação Brasil–China. Criado em 2015, ele tem como objetivo ampliar a capacidade produtiva e fomentar investimentos em agricultura, infraestrutura, energia, mineração e manufaturas. Isso contribuiu para que o Brasil se tornasse o primeiro país latino-americano a atingir um volume de comércio de mais de US$ 100 bilhões com a nação asiática. 

 

O papel da Amcham 

Embora seja uma instituição de origem americana, a Câmara Americana de Comércio (Amcham) desempenha um papel importante no desenvolvimento do comércio exterior no Brasil por meio de várias atividades e iniciativas. Uma delas é em relação à facilitação de negócios: a Amcham oferece um ambiente propício para empresas desenvolverem parcerias comerciais e de investimento. A organização também promove programas de capacitação, treinamentos e workshops sobre comércio exterior, fornecendo informações atualizadas sobre regulamentações, práticas comerciais e tendências do mercado. 

Além disso, a Amcham realiza estudos e pesquisas sobre questões relacionadas ao comércio exterior, ao passo que fomenta o intercâmbio entre empresas brasileiras e americanas, facilitando a troca de conhecimentos e experiências de negócios. 

Na concorrência entre Estados Unidos e China, ambos os países se destacam por contribuir para a competitividade da indústria brasileira e por ajudar nosso país a se inserir no cenário internacional. No entanto, os Estados Unidos saem na frente por serem o maior parceiro econômico e o maior investidor do Brasil. 

Deseja saber mais sobre a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos e suas projeções para 2023? Confira o Monitor do Comércio Brasil — Estados Unidos da Amcham! 

Para saber mais, acesse o link>

Fonte: Amcham   / Publicação 15/09/2023

https://www.amcham.com.br/blog/eua-e-china-qual-parceiro-%C3%A9-mais-importante-para-o-brasil

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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".

Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.

 >Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.

 Acesse abaxo, os links das Livrarias>

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