Caros Leitores;
Automação em escala na Siemens (Siemens/Divulgação)
A empresa se prepara para participar da COP30, quando pretende mostrar como o país pode se transformar nos próximos dez anos.
Pablo Fava, presidente da Siemens no Brasil, tem uma missão que vai além de seu cargo corporativo. Ele é um embaixador espontâneo do potencial brasileiro. Nasceu na Argentina, começou na empresa alemã como estagiário em 1996, e se mudou para cá em 2002. Fava não esconde o brilho nos olhos quando fala sobre o horizonte positivo do país que escolheu para viver, casar e ter filhos. Na Alemanha, onde no início de abril participou da Hannover Messe, uma das maiores feiras de tecnologia industrial do mundo, celebrou a escolha do Brasil como parceiro da próxima edição, em 2026. Essa vitrine trará mais visibilidade e incremento para os negócios nacionais. “Quando você conecta algo à tomada, 90% dessa energia é sustentável. Se essa vantagem nos ajudar a conquistar 1% do mercado global, já consideramos um grande sucesso”, afirma Fava. Ele está concentrando esforços para abordar esses temas na próxima COP30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém.
Para provar o que está
dizendo, Fava cita que a Siemens preparou o relatório Pictures of
Transformation: Um Retrato do Brasil em 2035, em parceria com o Cebri
(Centro Brasileiro de Relações Internacionais). O estudo mostra como a matriz
energética limpa brasileira pode liderar a economia de baixo carbono e
modernizar infraestruturas de transporte, logística e gestão hídrica. O
documento delineia os caminhos para um futuro sustentável e está disponível em
quase 50 páginas. “O Brasil é mais inovador do que muitas pessoas imaginam, mas
é preciso que o mundo saiba disso”, diz Fava, que atende clientes como Embraer,
Vale, Petrobras, Laboratório Teuto, Volkswagen, Audi e Stellantis, entre
outros, oferecendo soluções que ajudam as empresas a serem mais eficientes..
Com quase 180 anos
de história, desde que Werner von Siemens (1816-1892) criou o telégrafo de
ponteiro, em um quintal em Berlim, a multinacional alemã faturou
mundialmente perto de 76 bilhões de euros no ano fiscal de 2024. No ano
passado, adquiriu a Altair Engineering, empresa de softwarel e armazenamento em
nuvem, por cerca de 10 bilhões de dólares, e a Dotmatics, fornecedora de
software para pesquisa e desenvolvimento nas Ciências da Vida, por 5 bilhões de
dólares. Essas aquisições reforçam o portfólio da companhia na era das soluções
digitais e da chamada Indústria 4.0. Em Hannover, onde esteve para participar
da exposição local, Fava deu a seguinte entrevista exclusiva a VEJA
Negócios.
O que podemos dizer
sobre sustentabilidade e negócios no Brasil?
Existe um potencial
imenso. Nossa matriz energética é predominantemente renovável, com 90% de
energia limpa. Além disso, o país pode exportar muito, demonstrando sua
capacidade de produção eficiente, seja na cadeia alimentícia ou no setor
energético. No entanto, utilizamos
apenas 20% das tecnologias disponíveis, o que significa que ainda há muito
espaço para crescer. Somos competitivos e há muitas oportunidades.
O Brasil pode
ser mais competitivo com a adoção de novas tecnologias?
Sim. Mesmo que o país
represente uma pequena parcela do comércio internacional, isso já é uma enorme
oportunidade. Com as escolhas certas, podemos posicionar o Brasil de forma
muito ambiciosa no mercado global.
O
que a Siemens está fazendo para contribuir com a indústria automotiva, um setor
que busca ser mais sustentável?
Estamos trabalhando
para integrar o mundo físico e o digital, criando ganhos de eficiência. Isso
envolve desde o design do produto até a produção. Na indústria automotiva, por
exemplo, estamos ajudando na transição energética, oferecendo soluções mais tecnológicas.
E
na infraestrutura, o que vai mudar no futuro?
A tecnologia vai
transformar as redes de energia e impactar diretamente a saúde pública e o
acesso a recursos essenciais. No Brasil, ainda temos carências em
infraestrutura, como saneamento básico. Uma criança que não tem acesso a água
potável nos primeiros meses de vida pode enfrentar sérias dificuldades de
desenvolvimento.
A
área de saúde é um dos focos da Siemens. Depois da pandemia, o que
avançou?
A necessidade de
soluções rápidas se intensificou. Um novo medicamento pode levar de oito a dez
anos para chegar ao mercado, mas com a tecnologia de Smart Lab Ecosystems,
utilizando gêmeos digitais e inteligência artificial, podemos acelerar o
processo de desenvolvimento, sem a necessidade de retrabalhos constantes. E
isso pode ser reduzido para 12 meses. Além disso, a produção em larga escala
enfrenta desafios como volume, embalagens e o registro de lotes, que, muitas
vezes, ainda são feitos manualmente e em papel. A digitalização é fundamental
para aumentar a eficiência e garantir conformidade com regulamentos, como os do
FDA (Food and Drug Administration, agência do governo americano).
Como
as tecnologias impactarão a vida das pessoas?
A inteligência
artificial estará presente em muitos aspectos do nosso cotidiano. Teremos
medicamentos mais personalizados, como tratamentos específicos para câncer. A
customização em massa também se tornará realidade, com soluções mais rápidas e
assertivas. Além disso, os consumidores, especialmente no setor alimentício,
exigirão mais transparência sobre a origem e qualidade dos produtos, como saber
se a carne provém de áreas desmatadas. Na Europa, já existe essa
rastreabilidade e isso deve se expandir globalmente.
Como
será a presença da Siemens na COP30?
reparamos uma análise
chamada Pictures of Transformation: Um Retrato do Brasil em 2035, que está
sendo compartilhada com nossos clientes.
Este estudo mostra como o país pode se transformar nos próximos dez
anos, destacando áreas como saneamento, tecnologias de redes inteligentes
(smart grids), indústrias renováveis, biomassa e biocombustíveis. Essa é nossa
primeira contribuição para a COP30.
Para saber mais, acesse o link>
Fonte: Veja.Abril / Por Cinthia Rodrigues, de Hannover / Publicação 18/04/2025
Obrigado pela sua visita e volte sempre!
Em outubro de 2014, ingressou no projeto S'Cool Ground Observation, que integra o Projeto CERES (Clouds and Earth’s Radiant Energy System) administrado pela NASA. Posteriormente, em setembro de 2016, passou a participar do The Globe Program / NASA Globe Cloud, um programa mundial de ciência e educação com foco no monitoramento do clima terrestre.
>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.
Livraria> https://www.orionbook.com.br/
Page: http://econo-economia.blogspot.com
Page: http://pesqciencias.blogspot.com.br
Page: http://livroseducacionais.blogspot.com.br
e-mail: heliocabral@econo.ecn.br
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
e-mail: cabralhelio@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário