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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Rússia quer se livrar do dólar e lança documento para criar criptomoeda comum aos BRICS — e critica forma como FMI trata emergentes

Caros Leitores;






Imagem: Shutterstock

O ministério das Finanças e o Banco Central da Rússia apresentaram um relatório nesta terça-feira (15) analisando a necessidade de se criar uma alternativa ao sistema financeiro tradicional — além de fazer duras críticas ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A publicação acontece no contexto da 16ª cúpula dos líderes do BRICSprevista para ocorrer entre 22 e 24 de outubro. 

A Rússia é, atualmente, o país que preside os BRICS (sigla em inglês para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), grupo de países em desenvolvimento que vem tentando estreitar os laços entre si e chegou a englobar outras nações, como Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. 

Os debates do grupo têm girado em torno de diversos temas. Entre eles, a substituição do dólar como meio de pagamento entre os países do bloco — crítica que é endossada pela China, pelo Brasil e pela própria Rússia. 

O pontapé inicial desse debate foi dado após a exclusão da Rússia do Swift, o sistema de pagamentos internacional. Desde então, o país vem buscando alternativas para transferências transfronteiriças. O país também passou a usar o yuan em 70% das suas transações comerciais.

Assim, a solução apresentada no relatório é defender um sistema de pagamentos transfronteiriços via Digital Ledger Technology (DLT, o nome pomposo para blockchain). Ou seja, a Rússia sugere a criação de uma espécie de criptomoeda dos BRICS. 

Por que a Rússia quer criar a criptomoeda dos BRICS?

Segundo o documento de 48 páginas, o comércio global transfronteiriço tem acontecido principalmente em regiões de países emergentes e economias em desenvolvimento. Contudo, os investimentos internacionais não acompanham esse fluxo de recursos. 

“Esse tipo de desconexão entre bens e investimento indica que países emergentes e economias em desenvolvimento estão perdendo, permanecendo sub financiados, pois os lucros gerados pelo comércio crescente são investidos no exterior em mercados mais líquidos e acessíveis, em vez de beneficiar as economias domésticas”, diz o documento. 

Com isso, os analistas afirmam que o FMI tem “deficiências fundamentais” e que a dependência excessiva em uma única moeda e uma estrutura financeira centralizada dão ao organismo internacional “potencial desestabilizador”. 

“O modelo futuro do FMI deve girar em torno dos princípios fundamentais de segurança, independência, inclusão e sustentabilidade. Propomos um conjunto de novos princípios, todos com igual grau de importância, para garantir que o novo sistema proteja seus participantes da perda de capital e ativos, permaneça independente, garanta acesso não discriminatório e seja desenvolvido com uma visão de longo prazo”, diz o relatório. 

Com vocês, a CBDC dos BRICS

A proposta da Rússia é criar um sistema de pagamentos nos moldes de uma Central Bank Digital Currencies (CBDCs), as moedas virtuais de bancos centrais.

No começo de setembro, o país governado por Vladimir Putin já havia começado a testar os sistemas de pagamentos internacionais com criptomoedas. Porém, o que os analistas do ministério das finanças e do BC russo sugerem é criar uma tecnologia digital comum ao bloco. 

Dessa forma, o atual sistema — que é centralizado e baseado no dólar — seria substituído por um sistema descentralizado, com liquidações por meio de tokens que seriam lastreados em moedas nacionais. 

De acordo com o relatório, o efeito cumulativo do uso de um DLT para transações teria um custo adicional de algo entre 1% e 2% do atual envolvido em liquidações convencionais. 

O documento detalha ainda como seriam operações de crédito entre os países e liquidações de pagamentos internacionais. Contudo, existem problemas tecnológicos e monetários que impedem o surgimento de uma CBDC com esse formato. 

O que impede a criptomoeda do bloco de sair do papel

Voltando alguns passos, o Banco Central brasileiro já está com um dos projetos mais avançados do mundo no que diz respeito à CBDCs. O real digital, ou Drex, vem sendo desenhado para ser esse sistema. 

Atualmente, existem dois principais problemas que atravancam o desenvolvimento mais acelerado do Drex. 

O primeiro deles diz respeito à segurança: o DLT (ou blockchain) é um sistema de “livro aberto”, isto é, uma tecnologia que dá transparência às transações — e nem todos os operadores podem querer que suas negociações estejam abertas ao público (seja por motivos republicanos ou não). 

O segundo problema é a interoperabilidade: um DLT precisa conseguir se comunicar com o outro para que a tecnologia funcione de maneira prática e eficaz. Em outras palavras, a rede do real digital precisa conseguir interagir com a do rublo digital, por exemplo.

No ramo das criptomoedas, já existem algumas formas de comunicar blockchains, as chamadas bridges, mas elas não são tão seguras — vide a quantidade de ataques hackers que ocorrem nesse mercado. 

Ou seja, se o sonho da Rússia é conseguir escapar das sanções do Ocidente no curto prazo para continuar a guerra com a Ucrânia, ele não deve se concretizar tão cedo. 

Para saber mais, acesse o link>

Fonte: Seu Dinheiro / Renan Sousa  / Publicação 15-10-2024

https://www.seudinheiro.com/2024/criptomoedas/russia-quer-se-livrar-do-dolar-e-lanca-documento-para-criar-criptomoeda-comum-aos-brics-e-critica-forma-como-fmi-trata-emergentes-rens/

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 Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

 Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".

 Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.

 Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

 Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.

 >Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.

 Acesse abaxo, os links das Livrarias>

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