Mesmo com proibições dos EUA, chineses tentam arrumar um jeito
Os Estados Unidos esperavam que o seu veto impedisse a China de fabricar chips avançados, mas a resposta dos chineses tem sido contundente: não só estão a fabricar chips em 7 nanômetros, como estão a tentar chegar aos 3 nanômetros com tecnologia antiga. Para isso, reuniram muito maquinário e uma equipe focada em atingir esse objetivo.
A chinesa SMIC é uma das maiores fabricantes de microchips do mundo e a grande aliada da Huawei no momento. A empresa surpreendeu há alguns meses com o Kirin 9000S, o processador do Huawei Mate 60 Pro e do Mate X5, mostrando que são capazes de fabricar chips avançados.
Os Estados Unidos acham que isso foi um caso isolado e que Pequim não conseguirá produzir em massa. Porém, a China tem comprado materiais descontroladamente para se preparar para novas sanções com o objetivo de continuar a impulsionar a sua indústria de semicondutores.
Produzir chips de 7 nanômetros, quando o resto da indústria está olhando para 3 nanômetros e até 1 nanômetro, soa como tecnologia do passado. E sim, é verdade, mas foi a forma como a China viu uma saída contra as sanções dos EUA.
Devido ao veto comercial, a ASML não conseguiu vender a sua mais inovadora maquinaria de litografia ultravioleta extrema à empresa chinesa, pelo que continua com as máquinas DUV. Porém, o objetivo é criar chips de 3 nanômetros com essas máquinas "ultrapassada".
Como informou o DigiTimes, a SMIC criou uma equipe de P&D focada na fabricação de semicondutores avançados. Ela é liderada por Liang Mong-Song, cientista que trabalhou na TSMC, Samsung Foundry e é considerado uma referência no setor de semicondutores.
A difícil tarefa será usar equipamento de litografia DUV para criar esses chips de 3 nanômetros. É uma tarefa complicada e eles precisarão fazer padrões triplos, quádruplos e até quíntuplos para atingir esse tamanho.
O problema é que uma máquina mais avançada pode fazer isso em muito menos passagens e, portanto, a eficiência das máquinas DUV será baixa na tarefa de criar chips de 3 nanômetros.
China aumentou a compra de máquinas de litografia em 1050%
Porém, a China está investindo muito na criação de máquinas, mas também na sua aquisição. Como o portal parceiro Xataka informou, em novembro, os chineses aumentaram em 1050% a compra de máquinas de litografia da Holanda.
Por que uma compra tão grande? A razão é que, no dia 16 de novembro, entraram em vigor as novas proibições dos Estados Unidos. Então por isso a China tem procurado abastecer-se de máquinas, mesmo que antigas, para continuar a fabricar chips em massa.
O ano de 2024 promete emoções no setor de microchips já que a China está fazendo de tudo para continuar alimentando a sua indústria de semicondutores. Se a estratégia funcionar, é de se esperar que os EUA tentem bloquear os chineses de algum outra forma.
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>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.
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