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Especialistas destacam, no FEBRABAN TECH, o novo cenário digital no setor financeiro
“O mundo financeiro no Brasil tende ainda a ser muito localizado, com as transações monetárias ainda sendo feitas em moedas do nosso país. Mas nossa vida financeira vai mudar porque se tornará globalizada. Finalmente, acontecerá a globalização do dinheiro e isto se deve às tecnologias que quebram barreiras”, explicou Andre Portilho, sócio e Head de Digital Assets do BTG Pactual, durante o painel“. Globalização e investimentos digitais sem fronteiras”, nesta quinta-feira (11), no FEBRABAN TECH 2022.
O debate, moderado por Leandro Vilain, diretor-executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, recebeu também Camila Villard Duran, professora associada da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Ela avaliou esse novo cenário que se desenha como um novo capítulo de integração financeira com todo o mercado bancário internacional. O desafio, segundo Camila, é a parte é a parte regulatória que terá de contemplar diferentes instrumentos legislativos, que foram e estão sendo criados para sustentar a jornada de internacionalização das moedas.
Mas o que os investidores desfrutarão dessa nova dimensão do setor? A tecnologia permitirá a transferências de moedas entre países, mas será necessário consolidar as normas regulatórias, avisou a professora. “Não será fácil ou simples, porque a legislação que temos hoje é antiga e, certamente, não previa as evoluções tecnológicas que transformaram todo o escopo da época. É um grande desafio”, esclareceu Camila.
Para John Whelan, director of Crypto and Digital Assets Unit no Santander Espanha, este é o cerne da questão: “realmente, todas as inovações que temos hoje precisam ser expostas, analisadas e para promover normas que viabilizem o seu avanço”, reforçou o executivo.
A consideração do executivo do banco espanhol foi seguida pelo executivo do BTG Pactual: “a base regulatória de hoje foi elaborada para o mundo analógico. Agora estamos em outra dimensão. Mudaram os desafios. Sair do País com uma mala cheia de dólares, por exemplo, é crime. E quando você sai com o seu celular com o mesmo valor em ativos digitais, o que acontece? Temos de estar preparados para isso".
E alertou: “precisa haver uma evolução da legislação que não estanque a inovação. O equilíbrio é o melhor caminho - o que vem a ser um desafio maior, quando se trata de dinheiro e investimentos sérios”.
OPORTUNIDADE PARA O BRASIL
Whelan estimou que a internacionalização financeira será bastante promissora para o Brasil, por conta do perfil positivo do País no mercado.
“Acreditamos que o Santander Brasil criará inúmeras oportunidades para ambos. Empresas e startups aqui estão vibrando com a digitalização e o futuro, este que se prepara para unir os mundos real e digital. Sem contar que o Banco Central brasileiro, diferente de alguns países, tem visão aberta e inovadora.” Na sua avaliação, somos donos de uma indústria financeira sofisticada e “uma população que adora tecnologia”.
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Fonte: Noomis.Febraban / Redação / Publicado 12-08-2022
https://noomis.febraban.org.br/temas/regulacao/tecnologia-fortalece-globalizacao-do-dinheiro-e-investimentos-digitais
Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos de Economia, Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia). Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”
e "Moderno Dicionário de Economia".
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
Page: http://pesqciencias.blogspot.com.br
Page: http://livroseducacionais.blogspot.com.br
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