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Esses são os países que concentram as maiores reservas de ouro do mundo e sustentam suas moedas e bancos centrais com toneladas de metal guardadas em cofres subterrâneos
Países acumulam milhares de toneladas de ouro para proteger moedas, enfrentar crises e preservar confiança internacional em meio à instabilidade global.
Em um momento em que as tensões geopolíticas se misturam com inflação crescente, crises cambiais e pressões por liquidez, o ouro volta a ocupar posição central nas estratégias de segurança nacional. Segundo dados do World Gold Council e dos bancos centrais internacionais, cerca de 36 mil toneladas métricas de ouro estão hoje sob custódia de apenas algumas dezenas de países cada grama representa não apenas valor histórico, mas uma garantia tangível da confiança depositada em cada moeda. Este artigo mostra quais países detêm essas reservas, por que acumulam tanto metal, e como — em contextos de instabilidade suas economias se mantêm protegidas por cofres subterrâneos, blindando moedas, reservas internacionais e até mesmo a credibilidade dos bancos centrais.
Por que o ouro voltou ao centro da cena
Tradicionalmente considerado “ativo de refúgio”, o ouro tem quatro funções estratégicas para os países:
Reserva monetária tangível: sendo aceito globalmente como valor, mantém poder de compra mesmo que a moeda local desmorone.
Hedge contra inflação e desvalorização: ao contrário de títulos, o ouro não paga juros, mas também não sofre inadimplência.
Símbolo de credibilidade: ter toneladas armazenadas demonstra disciplina fiscal e reservas reais.
Em anos recentes como 2022-2025 diversos bancos centrais relataram aumento de suas compras de ouro ou interrupção de vendas: economias emergentes, países com sanções internacionais e até economias desenvolvidas revisitaram o ouro como pilar de segurança.
Top países que concentram as maiores reservas
1. Estados Unidos — ca. 8.133 ton (≈ 22 % das reservas mundiais)
Os EUA mantêm o maior estoque, com a maior parte guardada em Fort Knox, Kentucky. Esse volume ajuda o dólar a manter a confiança global.
2. Alemanha — ca. 3.355 ton
Parte das barras foi repatriada dos EUA e França nos últimos anos, para reforçar credibilidade doméstica.
3. Itália — ca. 2.451 ton
Um país com longa história monetária, onde o ouro representa resguardo frente a dívidas públicas elevadas.
4. França — ca. 2.436 ton
Alta diversificação nas reservas, o ouro protege contra flutuações do euro e crises no mercado europeu.
5. Rússia — ca. 2.298 ton
Em contexto de sanções internacionais, o país intensificou compras de ouro nos últimos anos como forma de reduzir dependência do sistema financeiro ocidental.
6. China — ca. 2.010 ton
Embora oficialmente divulgadas reservas modestas, análises afirmam que as reservas reais podem ser maiores. O metal suporta yuan internacionalizado.
7. Suíça — ca. 1.040 ton
Centro bancário global, o ouro reforça papel da Suíça como porto seguro.
8. Japão — ca. 846 ton
Economia vulnerável a crise cambial, o estoque atua como seguro contra catástrofes globais.
9. Índia — ca. 776 ton
Cultura de acumulação privada alta; governo reforça reservas para equilibrar balança de pagamentos.
10. Países Baixos — ca. 612 ton
Reserva simbólica para economia aberta, demonstra robustez institucional.
(Os valores são aproximados e atualizados conforme relatório do World Gold Council de 2024-25.)
Instabilidade, sanções e ouro como escudo
Diversos países com regimes instáveis ou submetidos a sanções internacionais veem no ouro uma forma de proteção extrassistema financeiro convencional. Países que mantêm grandes estoques sinalizam aos mercados:
- “temos reservas reais”;
- “não dependemos apenas de dívida ou exportações de commodities”;
- “podemos resistir à desvalorização ou quebra de nossa moeda”.
A Rússia é exemplo claro: em meio a sanções crescentes desde 2022, intensificou compras de ouro para sustentar reservas que pudessem ser utilizadas em operações de liquidez, swap ou mesmo como garantia.
Já economias emergentes com inflação alta ou fragilidade política — como a Índia — reforçam o ouro para compensar a instabilidade cambial e manter confiança do público.
Como o ouro é armazenado, auditado e utilizado pelos bancos centrais
As reservas físicas são guardadas em locais com altíssimo nível de segurança: cofres subterrâneos, silos blindados, barreiras sísmicas. A repatriação de ouro, como no caso alemão, exige logística com transporte aéreo, escolta militar, registro por código de barras e verificação unilateral ou por terceiros.
Apesar disso, economistas alertam que apenas possuir ouro não basta — depende de:
- liquidez real (capacidade de vender ou usar o metal);
- diversificação das reservas;
- política monetária coerente;
- reservas em dólares ou outros ativos conversíveis.
Perspectivas para o futuro: o ouro em era digital
Com o surgimento de moedas digitais e a competição por hegemonia monetária, o ouro tradicional volta como “âncora” de credibilidade. Os bancos centrais já debatem:
- o uso de tokens lastreados em ouro;
- integração com plataformas de liquidação em blockchain;
- contratos swaps de ouro como instrumentos de hedge;
- aumento das reservas em resposta a riscos geopolíticos.
Para países que possuem grandes estoques, essa tendência significa revisitar o metal como componente estratégico, não apenas reserva passiva.
Os países que concentram as maiores reservas de ouro do mundo exercem influência não apenas econômica, mas geopolítica. As toneladas guardadas em cofres subterrâneos funcionam como baluartes contra inflação, guerra, colapso cambial e desconfiança.
Em um mundo onde a dívida cresce, a moeda oscila e as sanções se multiplicam, o ouro se reafirma como o último recurso tangível de credibilidade.
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Fonte: Click Petróleo e Gás / Por Valdemar Medeiros / Publicação 21/11/2025
https://clickpetroleoegas.com.br/esses-sao-os-paises-que-concentram-as-maiores-reservas-de-ouro-do-mundo-e-sustentam-suas-moedas-e-bancos-centrais-com-toneladas-de-metal-guardadas-em-cofres-subterraneos-vml97/
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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.
Acesse abaxo, os links das Livrarias>
Site: https://www.orionbook.com.br/
e-mail: heliocabral@coseno.com.br


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