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Como a mineração em alto mar pode revolucionar a busca por metal precioso? (Imagem: Reprodução)
Descubra como a mineração em alto mar pode revolucionar a busca por metal precioso, mas a que custo ambiental?
Você não vai acreditar no que está escondido a quatro quilômetros abaixo da superfície do oceano! A mineração em alto mar está prestes a revelar metais preciosos que podem ser a chave para o futuro das tecnologias elétricas, mas será que estamos prontos para pagar o preço ambiental?
Nas profundezas do Oceano Pacífico, especificamente na Zona Clarion-Clipperton, entre o Havaí e o México, encontram-se misteriosos nódulos polimetálicos em forma de batata, ricos em metais preciosos como manganês, cobalto, níquel e cobre. Estima-se que uma área pouco maior que a Irlanda possa render mais de 54 milhões de toneladas desses metais, avaliados em mais de 20 bilhões de dólares.
Mineração em alto mar
Zona Clarion-Clipperton
Esses nódulos têm sido estudados desde 1873, quando o navio HMS Challenger conseguiu coletar amostras do fundo do mar. No entanto, apenas recentemente empresas como a DeepGreen Metals e a The Metals Company começaram a explorar seriamente a possibilidade de extrair esses recursos através da mineração em alto mar.
“O valor desses depósitos é inegável”, afirmam especialistas da indústria. Com a crescente demanda por baterias para veículos elétricos, esses metais preciosos podem resolver problemas críticos na cadeia de suprimentos. Um único nódulo pode conter manganês, cobalto, níquel e cobre suficientes para produzir várias baterias de carros elétricos.
Para coletar esses nódulos, empresas estão desenvolvendo robôs coletores autônomos, inspirados na tecnologia da indústria de petróleo e gás. Esses robôs percorrem o fundo do mar, usando jatos de água para desalojar os nódulos e sugá-los, enviando-os para a superfície através de tubos verticais conectados a navios de suporte.
Cientistas e ambientalistas estão preocupados
Mas nem tudo são boas notícias. Cientistas e ambientalistas estão preocupados com o impacto da mineração em alto mar nos ecossistemas marinhos profundos, que são pouco conhecidos e podem abrigar espécies ainda não descobertas. Estudos realizados na década de 1980, como o projeto DISCOL conduzido por pesquisadores alemães, mostraram que áreas onde a mineração foi testada não se recuperaram mesmo após 33 anos, com a biodiversidade significativamente reduzida e trilhas de sedimentos ainda visíveis.
Organismos como o polvo-dumbo (Grimpoteuthis) e esponjas marinhas usam esses nódulos como habitat. “A remoção desses nódulos poderia devastar ecossistemas inteiros”, alerta a bióloga marinha Dra. Sylvia Earle, conhecida por sua defesa dos oceanos.
Minerar esses metais preciosos em terra também traz impactos ambientais significativos
Por outro lado, a alternativa de minerar esses metais preciosos em terra também traz impactos ambientais significativos, como desmatamento e emissões de carbono. A mineração em alto mar poderia reduzir as emissões em até 80% para alguns metais, devido à eficiência na extração e transporte. “Estamos diante de um dilema ético e ambiental sem precedentes”, afirma o pesquisador Dr. Craig Smith, da Universidade do Havaí.
Estamos diante de um dilema complexo. Precisamos desses metais preciosos para acelerar a transição para energias renováveis e combater a crise climática, mas será que vale a pena arriscar um ecossistema desconhecido para salvar aqueles que já sabemos que estão em declínio?
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Fonte: Click Petróleo e Gás / Escrito por Rafaela Fabris / Publicação 06/10/2024
https://clickpetroleoegas.com.br/a-mineracao-em-alto-mar-esta-prestes-a-revelar-metais-preciosos-que-podem-ser-a-chave-para-um-futuro-eletrico-mas-sera-que-estamos-prontos-para-pagar-o-preco/
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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.
Acesse abaxo, os links das Livrarias>
Site: https://www.orionbook.com.br/
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