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Indicador foi divulgado nesta quarta-feira (25) pelo IBGE
O IPCA-15, conhecido como 'prévia da inflação', subiu 0,13% em setembro ante agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador desacelerou ante o visto em agosto, quando subiu 0,19%.
O índice ficou abaixo com a mediana das 32 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que apontava que o índice teria subido 0,28% na comparação mensal. O intervalo das projeções ia de uma alta de 0,14% a um avanço de 0,33%. No acumulado em 12 meses, a mediana das expectativas aponta para uma alta de 4,28%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,15%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
É importante lembrar que a meta fixada pelo governo para a inflação neste ano é de 3%, com 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo. Portanto, uma inflação de até 4,5% é considerada aceitável. Ao registrar 4,12% em 12 meses, o IPCA-15 traz uma pista de que a inflação, pelo menos por enquanto, está dentro do limite tolerado, apesar de superar os 3%.
Diferença do IPCA-15 para o IPCA
Embora seja conhecido como "prévia da inflação" por antecipar o IPCA, o IPCA-15 mede nada mais, nada menos do que a própria inflação mesmo, só que em outro período.
A diferença prática em relação ao IPCA é que a "prévia" mede a inflação dos dias 15 de um mês e outro, enquanto a inflação "oficial" mede a variação do mês início ao fim daquele mês fechado.
Como isso impacta a Selic e o meu bolso?
Um dos efeitos mais objetivos quando se tem inflação é o aumento do preço das coisas, geralmente sentido no bolso dos consumidores ao fazerem suas compras. Isso porque, a inflação mostra que, de forma generalizada, os preços estão subindo. No entanto, uma segunda consequência da alta dos preços está nos investimentos. O aumento (ou corte) da taxa de juros depende da inflação, porque um dos de instrumentos que o Banco Central tem para controlar a alta de preços é justamente mexer na Selic.
Assim, quando a inflação está alta, a autoridade monetária sobe os juros, a fim de "encarecer" o dinheiro. Portanto, os empréstimos e financiamentos (tanto dos consumidores como das empresas) ficam mais caros. Assim, há menos consumo, menos dinheiro em circulação. Com isso, os preços tendem a voltar a cair e a inflação entra nos eixos novamente.
O mesmo acontece no cenário oposto. Se a alta dos preços está sob controle, a autoridade monetária pode cortar os juros (e, portanto, "baratear o dinheiro") para incentivar que as pessoas e empresas gastem sem que isso compromta o bolso delas, já que a alta dos preços está em ordem. E isso serve como um estímulo para a economia crescer.
Atualmente, o Banco Central voltou a aumentar a Selic. E a razão para a mudança foi justamente a preocupação com a inflação.
Sobre o futuro, no entanto, o BC preferiu "deixar em aberto". No comunicado, o Banco Central afirma que “o comitê debateu o ritmo e a magnitude do ajuste da taxa de juros, bem como sua comunicação” e que “preferiu comunicação que reforça a importância do acompanhamento dos cenários ao longo do tempo” e “sem conferir indicação futura de seus próximos passos”.
Portanto, o futuro da Selic depende justamente de indicadores econômicos. Ao mostrar uma nova desaceleração, o IPCA-15 pode trazer um certo alívio para o mercado. Afinal, é um indicativo de que o avanço dos preços pode estar controlado. Agora, no entanto, é esperar para ver como o mercado responderá aos números.
O que subiu e o que barateou?
Segundo o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em setembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Habitação, com avanço de 0,50%. As demais variações ficaram entre o recuo de 0,08% de Transportes e o aumento de 0,32% em Saúde e Cuidados Pessoais.
- Habitação
No grupo Habitação, o principal impacto veio da energia elétrica residencial, que passou de um recuo de 0,42% em agosto para alta 0,84% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1 a partir de 1º de setembro.
- Transportes
No grupo Transportes, o recuo de 0,08% foi resultado da queda de 0,64% dos combustíveis. A gasolina caiu 0,66% da gasolina e o etanol recuou 1,22%. Já o gás veicular subiu 2,94% e o óleo diesel avançou 0,18%. As passagens aéreas registraram aumento de 4,51% nos preços.
- Alimentação e bebidas
No grupo Alimentação e Bebidas, que teve uma leve alta de 0,05% após dois meses de queda, a alimentação no domicílio registrou leve recuo de 0,01%, após recuar 1,30% no mês anterior. Contribuíram para esse resultado as quedas da cebola (que caiu 21,88%), da batata-inglesa (com recuo de 13,45%) e do tomate (que caiu 10,70%). No lado das altas, destacam-se o mamão (com avanço de 30,02%), a banana-prata (com alta de 7,29%) e o café moído (que subiu 3,32%).
A alimentação fora do domicílio subiu 0,22%, mas desacelerou em relação ao mês de agosto, quando subiu 0,49%.
Para saber mais, acesse o link>
Fonte: Valor Investe / Por Nathália Larghi, Valor Investe — São Paulo / Publicação 22/09/2024
https://valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica/noticia/2024/09/25/ipca-15-a-previa-da-inflacao-desacelera-mais-em-setembro-como-fica-a-selic.ghtml
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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.
Acesse abaxo, os links das Livrarias>
Site: https://www.orionbook.com.br/
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
Page: http://pesqciencias.blogspot.com.br
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