Carlos Leitores;
As práticas ESG, sigla
das três palavras em inglês Environmental, Social and Governance (Ambiental,
Social e Governança Corporativa), estão transformando o mercado e as suas
formas de produzir de maneira sustentável. Mais que uma tendência, tem se
fortalecido no cenário corporativo brasileiro.
Para se ter ideia, os investimentos das empresas na pauta ESG devem
aumentar mais de 50% em três anos. Até 2025, a expectativa é alcançar US$ 53
trilhões (R$ 273 trilhões), conforme a pesquisa ESG Radar 2023, da
multinacional de tecnologia da informação Infosys. No início de 2022, o total
de investimentos que consideravam as questões ESG era de US$ 35 trilhões (R$
180 trilhões), segundo a Aliança Global pelo Investimento Sustentável (GSIA, na
sigla em inglês).
De acordo com a pesquisa “ESG e suas contribuições à agenda
da indústria brasileira”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
realizada em junho de 2022 com 100 empresas para verificar o grau de
incorporação dos critérios ESG, 71% das respondentes estão mobilizadas e adotam
medidas sustentáveis como parte de sua estratégia corporativa.
Como explica Aline Calefi, coordenadora do Centro de Inovação Sesi, as
indústrias paranaenses estão cada vez mais atentas à essa pauta devido à
cobrança do mercado financeiro, de clientes, fornecedores e consumidores.
“O que percebemos é que as indústrias de capital aberto, aquelas que
exportam ou são fornecedoras de grandes empresas, ou já possuem uma estratégia
ESG ou estão buscando formas de se adequar à essa demanda. Na maioria das
vezes, já definiram metas e indicadores e estão cobrando da sua cadeia de
fornecedores para que também elaborem a sua estratégia ESG”, explica.
Um dos principais motivos do crescimento da agenda ESG é a urgência
controlar as mudanças climáticas.
Mais de 70 países, que representam mais de 75% das emissões globais de carbono, já se
comprometeram com metas de carbono zero.
Como
as indústrias do Paraná podem investir em ESG
O Sesi Paraná, em parceria com o Senai, lançou a Chamada
Sesi ESG para apoiar as indústrias paranaenses, de todos os portes, a
realizarem ações e projetos alinhados aos pilares dessa tendência, que é
destaque em todos os mercados.
Com fluxo contínuo entre maio de 2023 e julho de 2024 e meta de
beneficiar 1.000 indústrias paranaenses, a metodologia acontecerá em duas fases:
- A primeira é a Mentoria ESG: com duração de quatro
meses, na qual a indústria participante forma um comitê para receber
capacitação, realizar um diagnóstico e escolher indicadores que serão
trabalhados por meio da ferramenta Lean.
- A
segunda envolve os projetos de inovação: se a indústria, durante o plano de ação
Lean, tiver uma ideia inovadora, ela passará por um processo de avaliação
e, caso seja aprovada, receberá um aporte financeiro para a sua execução.
Micro e pequenas têm R$ 100 mil para os seus projetos, com uma
contrapartida de 10%; médias, R$ 200 mil com 20%, e grandes, R$ 300 mil
com 30%.
Principais
desafios para inserir práticas ESG na indústria
Sobre os desafios da implementação da cultura ESG, Aline Calefi explica
que o primeiro passo sempre deve passar pela gestão, pois para que as ações
sejam efetivas, a alta liderança precisa estar engajada.
Além disso, é necessário formar um comitê, com representantes de
diversas áreas da indústria, para que os indicadores escolhidos tenham relação
com todos os pilares ESG. O plano de ação precisa conter iniciativas a curto e
médio prazos, não somente de longo, para que os resultados rápidos motivem a
seguir com esse trabalho.
“ESG
não é mais um custo e sim uma oportunidade de rever processos, otimizar
recursos, melhorar indicadores e a reputação da empresa. Quem não se preocupar
com essa questão corre o risco de perder clientes, ter dificuldades de acesso a
crédito e perder credibilidade com a comunidade”, alerta Aline Calefi.
Case
de sucesso
Antes da abertura de chamada, o Sesi fez um projeto piloto com a
Fibracem, fabricante de cabos de fibra óptica e acessórios para redes ópticas,
que se tornou um case de sucesso.
Antes da abertura de chamada, o Sesi fez um projeto piloto com a
Fibracem, fabricante de cabos de fibra óptica e produtos de telecomunicações,
que se tornou um case de sucesso.
“Tivemos
a mentoria com profissionais qualificados, que nos instruíram de modo a
evoluirmos no desenvolvimento das ações em todos os setores da empresa. Tivemos
o envolvimento da diretoria, além de formarmos um comitê com sete setores e
profissionais multidisciplinares para a execução das iniciativas, o que nos
deixa orgulhosos pela mudança de visão, multiplicação de conhecimento e direcionamento
que o programa ESG nos traz como resultado”, comenta Leonardo Freitas,
gestor de Planejamento Estratégico e Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) da
empresa.
A partir das medidas tomadas com base nessa parceria, a Fibracem passou
a monitorar de forma mais efetiva e assertiva os resíduos gerados pela
indústria, as emissões atmosféricas e os ruídos fabris, além de poder controlar
melhor os investimentos e gastos da companhia, evitando, por exemplo, possíveis
perdas e excessos produtivos e melhorando a eficiência industrial e
corporativa. “Além disso, devemos trabalhar na
reconfiguração do layout fabril, o que certamente pode contribuir de uma
maneira mais visível com bem-estar dos colaboradores dentro da empresa”,
cita o gestor, entre as ações de ESG previstas.
“Já nos reposicionamos revisando a nossa missão, visão e valores, mas
também as competências, políticas e diretrizes estratégicas e operacionais do
ESG da Fibracem. O intuito agora é trabalhar com foco total no desenvolvimento
da cidadania e de um impacto eficiente e positivo à sociedade, no contexto em
que a companhia está inserida”, complementa Carina Bitencourt, CEO da Fibracem.
Para saber mais, acesse o link abaixo>
Fonte: G1.Globo / Por Sistema Fiep / Publicação 26-06-2023
https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/fiep/sistema-fiep/noticia/2023/06/26/chamada-sesi-esg-e-oportunidade-para-industrias-investirem-em-projetos-sustentaveis.ghtml
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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos de Economia, Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia Climatologia). Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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