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Healthtech: entenda o que é esse modelo de negócio e por que ele tem movimentado tanto o mercado!
O setor de saúde é um dos grandes responsáveis por movimentar volumes enormes de dinheiro. Desde a prestação de serviços até os trabalhos de pesquisa, desenvolvimento e indústria de medicamentos, por exemplo. Não é para menos que as healthtechs já tenham entrado com tudo nesse cenário.
Para entender como elas impactam a economia nacional e no mundo todo, é preciso compreender um pouco melhor o funcionamento desses negócios. Por isso, elencamos informações importantes sobre o assunto. Fique de olho e aproveite!
O que é e como funciona uma healthtech?
É impossível entender o que é uma healthtech sem considerarmos o que é inovação no mercado de saúde. Trata-se de uma startup que concentra suas atividades no desenvolvimento de tecnologias capazes de revolucionar as soluções ofertadas nesse cenário.
Os termos health (saúde) e tech (tecnologia) se juntam, especificamente, para explicar como essa combinação pode ser potente. Até hoje, já foram criadas muitas alternativas que facilitam a vida de médicos e pacientes e contribuem não só para o diagnóstico e tratamento de doenças, como também para a prevenção delas.
É claro que as startups se caracterizam como empresas que entraram há pouco no mercado. Por isso, comprometem-se em criar soluções e inovações que realmente impactem seu ecossistema. Só que, nesse caso, o objetivo é apoiar a rede médica nas suas atividades.
Outro ponto que merece ser mencionado sobre as healthtechs é que elas contam com um grande potencial para serem escaladas. Isso significa que seus modelos de negócio são simplificados e podem ser replicados em vários lugares — o que também as torna muito atrativas para a captação de investimentos.
Como é o mercado de healthtechs no Brasil?
Dentro das redes de inovação, as healthtechs vêm desempenhando um papel importante no mercado nacional, principalmente, nos últimos anos, quando se posicionaram entre os principais atores no combate à Covid-19. Sua contribuição central foi o fornecimento de soluções inovadoras em diversos aspectos, como:
- assistência a distância a pacientes;
- realização de exames rápidos e precisos;
- compra de medicamentos online;
- promoção de informações confiáveis online;
- assistência à manutenção da saúde e qualidade de vida etc.
Isso tudo é possível porque as healthtechs atuam em muitas frentes dentro do segmento de saúde. São startups preparadas para trabalhar com diversas soluções, desde atendimentos a partir da telemedicina até o desenvolvimento de wearebles de apoio ao rastreamento das taxas dos pacientes.
Nesse sentido, muitas startups estão investindo pesado no desenvolvimento de novas tecnologias para o setor, com a finalidade de agilizar e qualificar cada vez mais os procedimentos relacionados a essa área. Isso significa que podemos esperar um sistema de saúde mais eficiente, desde os processos administrativos dos hospitais e centros de saúde até o tratamento de doenças avançadas.
O objetivo é transformar a cura e o tratamento de doenças algo menos indolor e desconfortável para o paciente, tanto para quem depende de um anestésico mais eficiente quanto para obter filas de espera menores. Frente à demanda brasileira por essa qualificação, a tendência é que esse mercado só cresça.
Por que os especialistas preveem crescimento para esse mercado?
O motivo para a expansão desse mercado é simples. De um lado, as pessoas demandam serviços de saúde mais qualificados. De outro, os grandes players do mercado buscam onde aplicar seu dinheiro — como investir em startups.
Além disso tudo, a relevância das healthtechs é inegável. Elas são as grandes responsáveis pelos maiores avanços que vivenciamos na área da saúde e promovem não só uma maior velocidade nas mudanças, como também, mais qualidade nos processos.
Em um contexto em que os profissionais de saúde se formam em ecossistemas altamente intuitivos e tecnológicos, é praticamente impossível inseri-los em um ambiente de trabalho obsoleto e ineficiente. Além do mais, esses avanços permitem que os hospitais e as clínicas consigam acompanhar a evolução tecnológica que já é tão acessível a outros segmentos, como as grandes corporações.
Entre as principais áreas de atuação das healthtechs, estão:
- prevenção de doenças — com rotinas preventivas, atividades educativas, rastreamento de taxas e até apoio aos médicos;
- diagnóstico — é a parcela que mais recebe investimentos, para acelerar e facilitar o atendimento de pacientes e a identificação de patologias a partir da inteligência artificial;
- tratamento — é a fase que exige maior atenção médica, por isso, a importância de contar com ferramentas que facilitem o trabalho de acompanhamento.
Quais são as principais healthTechs no Brasil e no mundo?
As healthtechs são tendências de inovação para 2022 no Brasil e no mundo todo. Aqui no país, de acordo com o relatório emitido pelo Distrito Healthtech, já são mais de 500 startups de saúde em todo território nacional. A metade delas ainda está no início das suas atividades, que duram cinco anos ou menos.
São empreendimentos jovens, e que estão chamando cada vez mais a atenção dos investidores para essa área. Sendo assim, a expectativa é que, nos próximos anos, ainda mais recursos sejam alocados para a pesquisa e desenvolvimento de novas soluções.
No Brasil, existem vários exemplos de healthtechs que estão decolando e podem deixar ótimas contribuições para o segmento, como:
- Afinando o Cérebro — app com jogos interativos que exercitam as habilidades cerebrais, auditivas, de memória e de linguagem;
- Memed — software que fornece prescrições com base em inteligência artificial e um largo acervo de dados, passando pela aprovação de um médico antes de ser enviado;
- Anestech — startup que faz o rastreamento, a análise e a integração de dados sobre anestésicos para aumentar a segurança do paciente em procedimentos cirúrgicos;
- Biologix — trabalha com o diagnóstico de apneia obstrutiva do sono, com um sensor sem fio que acompanha a saturação de oxigênio e frequência cardíaca do paciente;
- Doc24 — recurso de IA, que capta por imagem variáveis como a pressão sanguínea, a saturação e as frequências cardíaca e respiratória dos pacientes;
- Health ID LAB — dispositivo que ajuda no autoexame de pacientes em nível laboratorial, sem precisar sair de casa.
As aplicações das tecnologias de healthtechs podem ser destinadas a várias finalidades diferentes. Confira alguns exemplos:
- Inteligência Artificial — os maiores sistemas de IA usados na área da saúde são desenvolvidos por healthtechs, que podem atuar de forma complementar entre si para criar avanços mais significativos;
- reconhecimento de sons — a tecnologia também já consegue fazer o reconhecimento de sons usados para a detecção de inúmeras anomalias, contribuindo com diagnósticos precisos, ainda que complexos;
- exames por imagem — já existem novas formas de exames por imagem, cada vez menos invasivos, sem perder a precisão;
- triagem — parte da tecnologia desenvolvida é destinada à agilização dos processos de triagem, aumentando a sua eficiência e diminuindo o tempo de espera das pessoas;
- diagnósticos remotos — a partir de todas as soluções que você acabou de ver, as healthtechs facilitam o diagnóstico de pacientes, mesmo que eles não estejam presencialmente com o médico;
- telemedicina — também já é possível fazer o tratamento e o acompanhamento de pacientes a distância, tornando esses serviços mais baratos, práticos e eficientes.
Fora do Brasil, as healthtechs também estão se desenvolvendo rapidamente, pegando muitos investidores de surpresa. Já são várias empresas atuantes no segmento, entre as quais estão:
- Samumed;
- Roivant;
- WeDoctor.
Na América, os Estados Unidos, o Brasil, o México e o Chile são os países que investem mais dinheiro na criação de healthtechs. O objetivo é melhorar as tecnologias já existentes e avançar para outras, capazes de gerenciar, atender, tratar e acompanhar melhor os pacientes.
A verdade é que os benefícios proporcionados por uma healthtech podem sem incorporados a qualquer instituição de saúde, sejam clínicas, sejam hospitais, centros médicos, laboratórios ou consultórios. O objetivo é qualificar os serviços, em qualquer que seja sua etapa.
O uso de sistemas integrados, de inteligência artificial e de recursos de exames altamente tecnológicos facilita a rotina do médico e do paciente. Por isso, esse investimento tem um enorme potencial de retorno.
Elas permitem que as instituições de saúde consigam produzir respostas rápidas às principais demandas de mercado, como aconteceu recentemente com o coronavírus. Mas isso também se aplica a problemas rotineiros, que podem ser enfrentados em clínicas e hospitais.
Além disso, é um importante canal de fomento para o desenvolvimento e pesquisa em universidades e parques tecnológicos. Esses esforços podem resultar em uma redução expressiva de custos e em ganho de eficiência em exames e atendimentos.
Em muitos casos, a agilidade proporcionada pelas healthtechs é o que pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Enquanto isso, sua assistência em tempo integral, em outros casos, pode contribuir para a prevenção de vários problemas de saúde, promovendo mais qualidade de vida aos pacientes.
Não dá para negar o quanto essas empresas ágeis e tecnológicas contribuem para um futuro mais alinhado com a transformação que vivemos ao longo dos últimos anos. Então, agora que você já sabe mais sobre o que é healthtech e sua evolução, que tal compartilhar este conteúdo com outras pessoas nas suas redes sociais?
Fonte: AMCHAM / Publicação 20-07-2022
https://www.amcham.com.br/noticias/inovacao/healthtech-o-que-e-esse-tipo-de-startup-e-como-transforma-o-mercado
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Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos de Economia, Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia). Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
Page: http://pesqciencias.blogspot.com.br
Page: http://livroseducacionais.blogspot.com.br


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