Caros Leitores;
Nas últimas semanas, o foco da discussão sobre a economia mundial mudou da questão inflacionária para o risco de uma recessão global, especialmente nos EUA. Isto por conta da necessidade de uma política monetária cada vez mais dura por parte dos Bancos Centrais a fim de conter o atual movimento de alta nos preços.
Antes de iniciar, porém, vale uma breve explicação sobre a desaceleração da atividade no mundo. O conceito de recessão não é único, mas se caracteriza por um período de baixa produtividade econômica, com quedas observadas nas taxas de emprego e renda, mas também, pela alta da inadimplência e fechamento de negócios.
De acordo com Tatiana Pinheiro, economista-chefe de Brasil da Galapagos, os analistas, em geral, costumam observar somente o PIB para medir a temperatura da economia. Neste sentido, quando ocorrem duas quedas trimestrais consecutivas no indicador, explica, é caracterizada a recessão técnica.
Atualmente, diversos modelos matemáticos têm apontado para um aumento dos riscos para a atividade mundial, sobretudo, a norte-americana. Segundo Tatiana, a probabilidade de recessão no horizonte de 12 meses aumentou para 40% nos EUA e 80% na Europa.
Além disso, alguns economistas também têm chamado a atenção para a mesma questão, porém, em um recorte maior de tempo. Para 24 meses, alguns agentes de mercado sugerem que há 60% de chances de uma recessão nos Estados Unidos.
Ela também alerta que isto não é algo líquido e certo, mas que deve ser observado de perto uma vez que as probabilidades são bastante relevantes, especialmente, caso a guerra na Ucrânia e a política de Covid-19 zero na China perdurem.
Diante deste cenário, a economia mundial ficará mais restrita, com um fluxo de capitais mais limitado. Os emergentes, que dependem muito da demanda externa por seus produtos, tendem a sofrer mais.
O Brasil, por sua vez, faz parte deste grupo e, em 2023, precisará contar menos com o dinheiro de estrangeiros, de eventos positivos na economia internacional e mais com os próprios fatores domésticos para que o ano seja positivo.
Do lado do investidor, bom, nunca é demais sugerir um pouco de cautela, especialmente, com ativos voláteis. Neste sentido, a dica é a busca por títulos de renda fixa indexados à inflação para a busca de ganhos reais, ou seja, acima da inflação.
Como eu trouxe em outro artigo, atualmente existem diversas opções no mercado de títulos públicos, mas, principalmente, no crédito privado.
Fonte: Investing / Rebeca Navares / Publicação 22-07-2022
https://br.investing.com/analysis/ha-risco-de-recessao-em-2023-200450925
Obrigado pela sua visita e volte sempre!
Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos de Economia, Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia). Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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