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A concorrência no mercado bancário brasileiro vai crescer com o open banking e com o cadastro positivo, e essa maior disputa vai ajudar a diminuir as taxas de juros cobradas dos consumidores no país. A opinião é do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que comandou a instituição entre 2003 e 2011 e hoje é o titular da secretaria de Fazenda e Planejamento do estado de São Paulo.
O open banking, ou banco aberto, é um sistema que permite a troca de informações entre os participantes do sistema bancário, como bancos, financeiras, fintechs, ou seguradoras. O tema está em discussão dentro do governo com implementação prevista para ser iniciada no ano que vem.
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/10/17/banco-central-open-banking-regras-audiencia-publica.htm
Dados compartilhados trarão competição
"O open banking é um campo aberto para a inovação no setor financeiro", disse Meirelles durante o evento Open Banking Day, na capital paulista.
Ele chamou atenção para a relevância do cadastro positivo para que o open banking surta efeito prático.
No Brasil sempre funcionou o sistema do cadastro negativo. Os bancos só eram obrigados a fornecer os dados negativos de seus clientes, mas não os positivos, ou seja, a lista dos bons pagadores fica restrita aos grandes bancos que conhecem os consumidores porque é por meio dessas instituições que a grande parte das pessoas recebe salários ou faz financiamentos, por exemplo.
Essa barreira começa a cair com o cadastro positivo, afirmou Meirelles, uma vez que esse sistema determina às instituições abrirem as informações dos históricos das pessoas a todos os demais agentes de mercado, como bancos, financeiras, fintechs.
"Com o cadastro positivo, temos as condições de avançar com o open banking", afirmou Meirelles em evento realizado em São Paulo sobre o tema.
Sigilo será garantido
Para o ex-presidente do Banco Central, o cadastro positivo não fere o direito de cada cidadão abrir ou não seus dados históricos aos demais agentes de mercado.
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/07/31/cadastro-positivo-editado-problemas.htm
Para quem não quiser abrir suas informações por algum motivo, basta a pessoa informar aos órgãos do setor financeiro que não quer a abertura de suas informações de consumo.
Juros altos por falta de concorrência
O ex-presidente do Banco Central destacou que as taxas de juros no país ainda são elevadas para o consumidor final por causa da falta de concorrência no mercado financeiro.
Segundo Meirelles, mesmo com a taxa básica de juros (Selic) em baixos níveis e uma inflação abaixo da meta, inferior a 4% ao ano, as taxas cobradas nos empréstimos dados aos consumidores se mantêm alta.
Com o cadastro positivo e o open banking, afirmou Meirelles, todas as financeiras, bancos digitais e fintechs terão acesso aos dados dos consumidores e poderão, assim, ter condições de dar crédito.
A concorrência deve crescer, e isso tende a derrubar os juros cobrados dos consumidores finais. "Temos que ter a maior competição possível, inclusive no mercado financeiro", declarou.
Menos agências físicas
Segundo Meirelles, as inovações tecnológicas permitem o atendimento dos clientes por meio digital, o que diminui a necessidade de agências bancárias físicas.
"Quando havia a necessidade de ter agências para atender os clientes, isso era uma barreira de entrada porque é caro. Com as plataformas digitais, essa barreira deixa de existir", afirmou Meirelles.
Segundo ele, os grandes bancos devem reagir a esse processo todo, e não de forma defensiva, mas de forma ofensiva, criando suas próprias plataformas digitais.
Fonte: UOL Economia / João José Oliveira Do UOL, em São Paulo / 17-10-2019
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