Caro Leitor(a);
Pré-sal: Brasil estará entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo
Know-how da
ISI Engenharia será imprescindível nas grandes obras previstas para exploração
dos novos poços
As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram
feitas em 2006, pela Petrobras na camada pré-sal, localizada entre os estados
de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se encontrou grandes volumes de óleo
leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já identificado no pré-sal tem
uma densidade de 28,5º API*, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São
características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado.
O volume de óleo encontrado nas acumulações do pré-sal é
bastante expressivo. Para se ter uma ideia, só a acumulação de Tupi, na Bacia
de Santos, tem volumes recuperáveis estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de
óleo equivalente (óleo mais gás). Já o poço de Guará, também na Bacia de
Santos, tem volumes de 1,1 a
2 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural, com densidade em torno de
30º API. Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo
de 100 bilhões de barris de óleo equivalente em reservas, o que colocaria o
Brasil entre os dez maiores produtores do mundo e elevaria a Petrobras a um
novo patamar de reservas e produção de petróleo, em posição de destaque no
ranking das grandes companhias operadoras.
Projeto
viável
Com base no resultado dos poços até agora perfurados e
testados, não há dúvida sobre a viabilidade técnica e econômica do
desenvolvimento comercial das acumulações descobertas. Os estudos técnicos já
feitos para o desenvolvimento do pré-sal, associados à mobilização de recursos
de serviços e equipamentos especializados e de logística, permitem garantir o
sucesso dessa empreitada. Com a experiência adquirida no desenvolvimento de
campos em águas profundas da Bacia de Campos, os técnicos da Petrobras estão
preparados, hoje, para desenvolver as acumulações descobertas no pré-sal. Para
isso, já estão promovendo adaptações da tecnologia e da logística desenvolvidas
pela empresa ao longo dos anos.
A Petrobras está direcionando grande parte de seus
esforços para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, que garantirão, nos
próximos anos, a produção dessa nova fronteira exploratória. Um exemplo é o
Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da Produção dos Reservatórios
Pré-sal (Prosal), a exemplo dos bem-sucedidos programas desenvolvidos pelo seu
Centro de Pesquisas (Cenpes), como o Procap, que viabilizou a produção em águas
profundas. Além de desenvolver tecnologia própria, a empresa trabalha em
sintonia com uma rede de universidades que contribuem para a formação de um
sólido portfólio tecnológico nacional. Em dezembro, o Cenpes já havia concluído
a modelagem integrada em 3D das Bacias de Santos, Espírito Santo e Campos, que
será fundamental na exploração das novas descobertas.
Novas obras
Diante do grande crescimento previsto das atividades da
Petrobras para os próximos anos, tanto no pré-sal quanto nas demais áreas em
que já opera, a empresa aumentou substancialmente os recursos programados em seu Plano de Negócios.
São investimentos robustos, que garantirão a execução de uma das mais
consistentes carteiras de projetos da indústria do petróleo no mundo. Serão
novas plataformas de produção, mais de uma centena de embarcações de apoio,
além da maior frota de sondas de perfuração a entrar em atividade nos próximos
anos.
A construção das plataformas P-55 e P-57, entre outros
projetos já encomendados à indústria naval, garantirá a ocupação dos estaleiros
nacionais e de boa parte da cadeia de bens e serviços offshore do país. Só o
Plano de Renovação de Barcos de Apoio, lançado em maio de 2008, prevê a
construção de 146 novas embarcações, com a exigência de 70% a 80% de conteúdo
nacional, a um custo total orçado em US$ 5 bilhões. A construção de cada
embarcação vai gerar cerca de 500 novos empregos diretos e um total de 3.800
vagas para tripulantes para operar a nova frota.
Sondas e
terminal flutuante
Também já foi iniciado um estudo de viabilidade técnica
para o projeto de dutos flexíveis para produção de petróleo na área do pré-sal.
Seu escopo consiste no desenvolvimento de um projeto de duto flexível para a
produção de petróleo offshore em águas ultraprofundas no polo pré-sal. O prazo
de conclusão deste estudo é dezembro de 2014. Além disso, a Petrobras pretende
construir no País 28 sondas, sendo que sete já foram licitadas e encomendadas.
A licitação das outras 21 já foi anunciada. Com mais sondas de perfuração
disponíveis e maior aprendizado sobre a área, a Petrobras acelerou investimentos
no pré-sal no primeiro trimestre de 2011, ao perfurar oito poços, 40% do que
havia feito nos três anos anteriores – de 2007 a 2010, quando foram
perfurados 20 ao todo. Para abrir poços do pré-sal, a estatal tem hoje seis
sondas, e contará em breve com as sete que foram encomendadas.
A Petrobras vai investir também em um terminal flutuante
de tancagem para escoar parte da produção do pré-sal a partir de 2013. A unidade ficará a 90 quilômetros da
costa, entre o norte de São Paulo e o sul do Rio de Janeiro e contará com um
navio do tipo FSO (flutuante, para estocagem e transferência) que ficará
permanentemente ancorado. O terminal terá capacidade de estocar entre 2 milhões
e 3 milhões de barris de óleo, o que significa quase toda a produção atual da
companhia, em todo o país. A Petrobras estuda ainda a instalação de outros dois
terminais assim e a construção de um terminal convencional em Itaguaí, no Rio
de Janeiro.
Barcos e
navios
A companhia calcula ainda a encomenda de ao menos 250
barcos de apoio (para transporte de suprimentos, equipamentos, ancoragem etc.)
à exploração de petróleo, 88 navios de transporte de óleo e derivados, além de
cascos de navios-plataforma de produção e estocagem de petróleo. Acredita-se
que somente a construção das sondas já assegura a instalação de, ao menos, mais
três estaleiros no país.
Uma pesquisa elaborada pelo banco USB Pactual diz que
seriam necessários 600 bilhões de dólares (45% do produto interno bruto
brasileiro) para extrair os 50 bilhões de barris estimados para os blocos de
exploração de Tupi, Júpiter e Pão de Açúcar (apenas 13% da área do pré-sal). A
Petrobras já é mais modesta em suas previsões. Para a companhia, o custo até se
aproxima dos 600 bilhões de dólares, mas engloba as seis áreas já licitadas em que
é a operadora: Tupi e Iara, Bem-Te-Vi, Carioca e Guará, Parati, Júpiter e
Carambá.
Nota-se, portanto, que o setor viverá um boom nos
próximos anos diante das necessidades do pré-sal. A ISI Engenharia pretende
atuar junto a esses empreendimentos, levando todo o seu know-how em sistemas
especializados nas diversas áreas da engenharia.
Nota
da redação
*API – escala hidrométrica criada pelo American Petroleum Institute – API – e utilizada para medir a densidade relativa de óleos e derivados. A escala API é medida em graus e permite definir o petróleo como leve, médio, pesado e extrapesado. Quanto maior o grau API, maior o valor do produto no mercado. O API é maior quando o petróleo é mais leve, como por exemplo, o petróleo classificado como médio é mais caro que o pesado.
*API – escala hidrométrica criada pelo American Petroleum Institute – API – e utilizada para medir a densidade relativa de óleos e derivados. A escala API é medida em graus e permite definir o petróleo como leve, médio, pesado e extrapesado. Quanto maior o grau API, maior o valor do produto no mercado. O API é maior quando o petróleo é mais leve, como por exemplo, o petróleo classificado como médio é mais caro que o pesado.
O que é
pré-sal e o que representa para o Brasil?
Afinal, o que quer dizer pré-sal? O termo refere-se a um
conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral
brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionou-se
chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo
de uma extensa camada de sal. O termo pré é utilizado porque, ao longo do
tempo, essas rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A profundidade
total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os
reservatórios de óleo leve,de melhor qualidade e que produz petróleo mais fino,
abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de 7 mil metros.
No Brasil, a área que tem recebido destaque pelas
recentes descobertas da Petrobras encontra-se no subsolo do oceano Atlântico, e
estende-se do Norte da Bacia de Campos ao Sul da Bacia de Santos, desde o Alto
Vitória (ES) até o Alto de Florianópolis (SC), respectivamente. A espessura da
camada de sal na porção centro-sul da Bacia de Santos chega a 2.000 metros , enquanto
na porção norte da Bacia de Campos está em torno de 200 metros . Estima-se
que a camada do pré-sal contenha o equivalente a cerca de 1,6 trilhão de metros
cúbicos de gás e óleo. O número supera em mais de cinco vezes as reservas
atuais do país. Só no campo de Tupi (porção fluminense da Bacia de Santos),
haveria de 5 a
8 bilhões de barris de petróleo, o suficiente para elevar as reservas de
petróleo e gás da Petrobras em até 60%.
Como começou?
Em 2004 foram perfurados alguns poços em busca de óleo na
Bacia de Santos, onde haviam sido identificadas, acima da camada de sal, rochas
arenosas depositadas em águas profundas, que já eram conhecidas. Se fosse
encontrado óleo, a ideia era aprofundar a perfuração até chegar ao pré-sal,
onde os técnicos acreditavam que seriam encontrados grandes reservatórios de
petróleo.
Em 2006, quando a perfuração já havia alcançado 7.600m de profundidade a partir do nível do mar, foi encontrada uma acumulação gigante de gás e reservatórios de condensado de petróleo, um componente leve do petróleo. No mesmo ano, em outra perfuração feita na Bacia de Santos, a Petrobras e seus parceiros fizeram nova descoberta, que mudaria definitivamente os rumos da exploração no Brasil. A pouco mais de 5 mil metros de profundidade, a partir da superfície do mar, veio a grande notícia: o poço, hoje batizado de Tupi, apresentava indícios de óleo abaixo da camada de sal.
Em 2006, quando a perfuração já havia alcançado 7.600m de profundidade a partir do nível do mar, foi encontrada uma acumulação gigante de gás e reservatórios de condensado de petróleo, um componente leve do petróleo. No mesmo ano, em outra perfuração feita na Bacia de Santos, a Petrobras e seus parceiros fizeram nova descoberta, que mudaria definitivamente os rumos da exploração no Brasil. A pouco mais de 5 mil metros de profundidade, a partir da superfície do mar, veio a grande notícia: o poço, hoje batizado de Tupi, apresentava indícios de óleo abaixo da camada de sal.
Em maio de 2009, a Petrobras iniciou o teste de longa
duração da área de Tupi, com capacidade para processar até 30 mil barris
diários de petróleo. Para se ter uma ideia, só a acumulação de Tupi, na Bacia
de Santos, tem volumes recuperáveis estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de
óleo equivalente (óleo mais gás). Já o poço de Guará, também na Bacia de
Santos, tem volumes de 1,1 a
2 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural, com densidade em torno de
30º API. Em junho do mesmo ano, a Refinaria de Capuava (Recap), em São Paulo , refinou o
primeiro volume de petróleo extraído da camada pré-sal da Bacia de Santos.
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