Situado na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, o Estaleiro Rio Grande, com área total construída de 440 mil metros quadrados, abrigará o maior Dique Seco da América Latina, com exatos 133 metros de largura por 350 metros de comprimento terá capacidade de receber, simultaneamente, duas embarcações para construção ou manutenção, igual às atuais estruturas asiáticas deste segmento. Também farão parte do complexo naval do Grupo os ERG II e ERG III
Fonte: WTorre Engenharia
Hélio Cabral
Economista
www.coseno.com.br
Estrutura será alugada pela Petrobras para construção de plataformas
Principal empreendimento da criação do pólo naval de Rio Grande, o dique seco, inaugurado oficialmente ao meio-dia desta quinta-feira (20/10/10). A solenidade contou com as presenças dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo.
O dique seco será alugado pela Petrobras para o atendimento de encomendas envolvendo a cadeia do petróleo e gás. Inicialmente, o complexo pertencia ao grupo WTorre, mas, neste ano, a Engevix, em parceria com a Funcef (fundação dos funcionários da Caixa Econômica Federal), adquiriu o dique seco (também conhecido e subdividido como Estaleiro Rio Grande - ERG 1 e 2).
O ERG 1 terá capacidade para construir ou reparar de duas a três plataformas de petróleo ao mesmo tempo. Já no ERG 2, será desenvolvida a construção de navios supply boat (destinados à prospecção e produção de petróleo e gás) e de embarcações convencionais para o transporte de minérios.
Engevix já venceu a licitação da Petrobras para a realização de oito cascos de navios para plataformas de exploração de petróleo e gás que serão feitos em Rio Grande.
O sócio da Engevix Gerson de Mello Almada destaca que a intenção da empresa é implementar uma fábrica de cascos no município. A companhia ainda participa de licitação para construir sete navios-sondas no dique seco. O executivo espera que até o final do ano o resultado da disputa seja divulgado.
Sobre a inauguração do dique seco, Almada considera que será o coroamento do processo de consolidação do pólo naval na região. Ele ressalta que se trata do maior dique seco do hemisfério Sul.
O presidente da Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande, Paulo Somensi, acrescenta que o empreendimento tem reflexos positivos quanto para a economia da região como para a do País. Quanto ao município, Somensi acredita que a cidade passará de exportadora de mão de obra para importadora de trabalhadores. "Para isso, temos que preparar a infra-estrutura urbana para receber esse pessoal", adverte o dirigente.
Conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), no ano de 2000 eram cerca de 1,9 mil empregos diretos na cadeia.
Para 2014, espera-se que se atinja 60 mil postos de trabalho diretos e, em 2017, em torno de 100 mil. Já segundo pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), os setores no Estado mais intimamente ligados à atividade naval (siderurgia, metalmecânico, material elétrico e eletrônico, madeira e mobiliário, químicos e transportes) poderão gerar, de 2010 a 2024, cerca de US$ 26 bilhões em termos de bens e serviços com o pólo naval de Rio Grande.
Fonte: Jornal do Comércio
Hélio Cabral
Economista
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Estaleiro Rio Grande
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Helio Ricardo Moraes Cabral
às
16:40
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