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Niteroi, RJ, Brazil
Sou economista, escritor e divulgador de conteúdos sobre economia e pesquisas científicas em geral.

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sábado, 2 de outubro de 2010

Continuidade ao Projeto Mangue Vivo

Uma parceria entre a Fundação OndAzul e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro realizará pesquisas científicas nas regiões de manguezal, em Magé. O objetivo é avaliar o estado de conservação das áreas recuperadas pelo Projeto Mangue Vivo e o impacto da iniciativa na comunidade local.

Para isso, será medido o nível de diversidade genética das plantas do ecossistema em questão e realizado um estudo sobre o resultado socioeconômico do programa de recuperação. Nesse aspecto, será levada em conta a valorização da área recuperada e as utilidades da mesma como reservatório de plantas e animais para a sustentabilidade ambiental.



A previsão é que a primeira etapa da pesquisa comece em julho deste ano e que o processo de análise dure até 2012. O trabalho conta com o apoio de pesquisadores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da EMBRAPA Solos.

Após a conclusão do estudo, os resultados serão publicados no site da Fundação OndAzul e divulgados em periódicos nacionais e internacionais. Além disso, no último semestre de 2012, será realizado um seminário de dois dias para divulgar à população os resultados das ações realizadas através da pesquisa.

Para Araújo Porfírio, representante do terceiro setor do Fórum de Magé, a iniciativa não gera benefícios apenas para o município, mas também para toda a região da Baía de Guanabara. O participante, que é gestor ambiental, acompanhou o processo de revitalização da área. "Agora, o mangue pode respirar. Os caranguejos já estão voltando e os catadores podem retornar com as atividades na região. Além disso, Magé também ganha com o turismo ecológico".

Projeto Mangue Vivo
Fruto de uma iniciativa da Fundação OndAzul, desde 2001, o Projeto Mangue Vivo recupera as áreas de manguezal da Praia de Mauá, em Magé. O programa surgiu após um acidente de derramamento de petróleo na Baía de Guanabara e hoje é considerado, por técnicos do setor, o maior processo de restauração do ecossistema no país.

Além de recuperar as regiões degradadas, o projeto visa gerar trabalho e renda para a população local através de ações realizadas, principalmente, com catadores de caranguejos. Nesse contexto, também é feita a conscientização da comunidade com o objetivo de reduzir a quantidade de lixo gerada e evitar a exploração dos manguezais durante o período de reprodução das espécies naturais.


Fonte: Agenda 21 Comperj
18/06/2010

Hélio Cabral
Economista
http://www.econo.ecn.br

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