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Sou economista, escritor e divulgador de conteúdos sobre economia e pesquisas científicas em geral.

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quarta-feira, 19 de novembro de 2025

A proposta ambiciosa que fez o 'pai do Pix' deixar o Banco Central

Caro(a) Leitor(a);







Pix se tornou referência internacional de sistema de pagamento digital

Pix como referência internacional

O FMI é uma organização global com 191 países, mais conhecido na América Latina pelos empréstimos com contrapartidas amargas, como cortes de gastos públicos, feitos no passado a países em apuros financeiros.

Mas ele também tem entre as atribuições oferecer assistência técnica aos membros e promover cooperação entre eles. E foi com essa perspectiva em mente que Brandt considerou a proposta interessante.

"A minha percepção foi de que eu poderia contribuir com outros países e numa escala global", diz ele à BBC News Brasil.

A ideia era usar o conhecimento acumulado com a experiência brasileira para ajudar a melhorar o sistema financeiro internacional — por exemplo, buscando soluções para simplificar a realização de pagamentos instantâneos entre países, assunto sobre o qual o brasileiro tem se debruçado desde que assumiu o novo trabalho.

Esse é um mundo labiríntico, com obstáculos que vão desde a operação com moedas diferentes até as particularidades da regulamentação financeira de cada país e questões de segurança internacional.

"Cada país tem sua legislação, mas também existem os padrões internacionais que todos têm que seguir. É um quebra cabeça um pouco mais complexo", ele ressalta.

Brandt tem observado de perto iniciativas como o projeto de interligação financeira dos 16 países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e o Nexus, do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), que propõe interligar sistemas de pagamentos de diversos países e permitir transações entre eles de forma instantânea.

O Nexus já foi apelidado de "Pix internacional" e está sendo implementado inicialmente em cinco nações asiáticas: Índia, Malásia, Filipinas, Singapura e Tailândia.

O objetivo, segundo ele, é "tentar apoiar na medida que for possível essa agenda de pagamentos entre países", para facilitar tanto as trocas entre pessoas quanto as trocas comerciais.

Nessa seara, também está incluída a nova fronteira das finanças globais, as chamadas Central Bank Digital Currencies (CBDC), ou moedas digitais dos Bancos Centrais, que estão sendo desenvolvidas em dezenas países com tecnologia semelhante à das criptomoedas com a promessa de simplificar ainda mais as transações financeiras.



Depois de 23 anos no Banco Central (BC), Carlos Eduardo Brandt, que liderou o time que desenvolveu o Pix, resolveu há três meses deixar a instituição — e o Brasil. Trocou Brasília por Washington.

A carreira no BC era coisa de família. O pai e o avô de Brandt também foram servidores da instituição. Mas, nessas duas décadas em que ele esteve na autarquia, criada em 1964, o Banco Central do Brasil assumiu um protagonismo inédito.

E Brandt também. Em 2021, foi o único brasileiro na lista da Bloomberg das 50 pessoas que definiram os rumos dos negócios globais naquele ano. O Pix havia acabado de completar um ano e tinha dobrado a base de usuários, de 56 milhões para 113 milhões de pessoas, chamando atenção do mundo.

Desde então, o modelo de pagamentos instantâneo brasileiro, que completa cinco anos em funcionamento neste domingo (16/11), se tornou referência internacional e, hoje, é o elemento mais visível de um grande ecossistema que o país desenvolveu no segmento de pagamentos digitais.

Hoje, o Pix tem 161,7 milhões de usuários pessoas físicas e 16,3 milhões de pessoas jurídicas. Nestes cinco anos, movimentou R$ 85 trilhões, ou sete vezes o Produto Interno Bruto brasileiro, mostra estudo da fintech Ebanx com base em dados públicos.

A análise aponta que o sistema de pagamento já é mais popular que o cartão de crédito e é usado por 93% da população adulta do país.

A estimativa é que o sistema atinja ainda neste ano 7,9 bilhões de transações por mês ainda neste ano e que o valor total movimentado por ano chegue a R$ 35,3 trilhões, um aumento de 34% em relação a 2024.

Os números que atestam o sucesso estrondoso do Pix e a onda de inovação brasileira que que ele representa levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a oferecer uma vaga para Brandt na área de pagamentos e infraestruturas de mercados, onde ele atua desde agosto.

Big techs vs. Pix

Os efeitos de iniciativas como essas seriam parecidos com os do Pix, mas em escala maior: redução de custo para consumidores, desburocratização, aumento de eficiência.

Em uma fala recente sobre as CBDCs, o diretor do departamento de mercados monetários e de capitais do FMI, Tobias Adrian, comentou que imigrantes que enviam dinheiro para a família em seus respectivos países hoje pagam tarifas altas às empresas que fazem remessas de recursos entre países, desembolsando em média 6,5% do valor enviado em taxas.

"Para fazer o sistema financeiro global dar certo, precisamos nos unir e fazer os pagamentos globais darem certo. Parte dos US$ 45 bilhões de dólares pagos anualmente aos provedores de remessas poderiam voltar para os bolsos dos pobres", afirmou na ocasião.

Como no exemplo citado pelo diretor do FMI, a simplificação do sistema global de pagamentos implica na perda de bilhões de dólares por quem hoje ganha com a intermediação financeira, como bancos e, mais recentemente, as grandes empresas de tecnologia.

Esse efeito é potencializado em um cenário de popularização do modelo brasileiro construído em torno do Pix, em que o Banco Central, e não uma empresa privada, desenvolveu, implantou e opera o sistema.

Essa é, aliás, uma das grandes particularidades do sistema de pagamentos brasileiro. Como apontou a BBC News Brasil em reportagem recente, o modelo adotado em países como a Índia, apesar do sucesso, também inspira preocupação.

No exemplo do UPI indiano, a participação de empresas privadas como operadoras do sistema acabou levando à concentração da etapa final da cadeia de pagamentos instantâneos nas mãos de multinacionais como Google e Walmart.

O modelo brasileiro, por outro lado, favoreceu o fortalecimento do mercado doméstico e garantiu autonomia ao país, objetivos que, como contou Brandt à reportagem, já estavam na perspectiva do Banco Central quando a equipe desenhou o Pix.

"Uma das coisas que norteou muito a definição do Banco Central como orquestrador foi a visão de que, para se alcançar um ecossistema de pagamentos que fosse realmente inclusivo, o mais apropriado seria ter um agente neutro", Brandt argumenta.

"E o agente neutro por excelência, no caso brasileiro, é o Banco Central, que é o regulador e não tem nenhum tipo de objetivo de lucro."

É um exemplo prático do que ficou conhecido como "infraestrutura pública digital", a ideia de que algumas soluções na área de tecnologia — como a digitalização da economia — são de interesse público e, por isso, não deveriam ser controladas pela iniciativa privada.

Em 2023, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou uma campanha para impulsionar a adoção dessa infraestrutura em diversos países.

O Brasil aderiu à iniciativa e compartilhou suas experiências, entre elas, a da nova carteira de identidade nacional (CIN), vinculada à plataforma gov.br, e da Rede Nacional de Dados de Saúde, que objetiva reunir e compartilhar os dados do setor de saúde em todo o país.

"O Pix entra como essa infraestrutura pública digital, ou seja, é um bem público de que a sociedade precisa e que não pode estar dependente de uma solução privada", diz Brandt.

"O Brasil é uma referência mundial, mas vários outros países também têm essa visão e incorporaram essa iniciativa [das infraestruturas públicas digitais]", comenta.

A ideia tem ganhado tração internacionalmente, mas parece não agradar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O Pix recentemente entrou na mira do governo americano, que em julho o colocou na lista de assuntos que seriam investigados pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) como prática comercial desleal.

Uma das razões apontadas para a investida seria o impacto do sistema de pagamentos brasileiro no bolso das big techs, as grandes empresas de tecnologia, que deixam de ganhar dinheiro por conta da forma como ele foi desenhado.

Questionado sobre o assunto pela reportagem, Brandt evita polêmicas e diz que, em sua visão, "as infraestruturas digitais públicas são um jogo de ganha-ganha".

"Porque, à medida que você tem um processo de digitalização da economia, você tem um processo de digitalização amplo, em diversos segmentos", ele argumenta, emendando que essa dinâmica também pode abrir novas oportunidades de negócios para as empresas de tecnologia.

Sobre a investigação contra o Pix, que ainda está em curso, o brasileiro afirma que "cada governo é livre para tentar identificar e formar sua convicção em relação a cada configuração" no setor de pagamentos.

E completa: "O que eu tenho a dizer é que o Banco Central do Brasil foi muito convicto naquilo que foi feito, sempre foi muito baseado em objetivos públicos que pudessem se traduzir em benefícios à sociedade brasileira".

'Laboratório global' de finanças digitais

O Pix é a ponta mais visível de uma grande rede de inovação na área de finanças digitais construída no decorrer da última década que acabou tornando o Brasil referência internacional no segmento de finanças digitais.

Em um relatório recente, o fundo de investimento em capital de risco Valor Capital Group, que atua nos EUA e na América Latina, se dedicou a analisar a experiência brasileira nesse sentido, destacando que "o Brasil oferece um exemplo concreto de como uma infraestrutura digital coordenada e inclusiva pode acelerar o progresso".

Referindo-se ao país como um "laboratório global de finanças digitais", o texto lista, além do Pix, iniciativas como o Open Finance, o sistema desenvolvido para permitir o compartilhamento seguro de dados financeiros de clientes entre diferentes instituições financeiras e o sistema unificado de identificação digital do governo federal, o gov.br.


Para saber mais, acesse o link>

Fonte:  BBC News Brasil   /   Publicação  16/11/2025

https://www.bbc.com/portuguese/articles/crreqvye148o

Obrigado pela sua visita e volte sempre!

Web Science AcademyHélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".

Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.

 >Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias AmazonBook Mundo e outras.

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terça-feira, 18 de novembro de 2025

TAMANHO DO MERCADO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E PERSPECTIVA FUTURA

Caro(a) Leitor(a);

O tamanho do mercado global de inteligência artificial foi avaliado em US $ 233,46 bilhões em 2024. O mercado deve crescer de US $ 294,16 bilhões em 2025 para US $ 1.771,62 bilhões em 2032, exibindo um CAGR de 29,2% durante o período de previsão. A América do Norte dominou o mercado de inteligência artificial com uma participação de mercado de 32,93% em 2024.

O uso de máquinas para simular processos de inteligência humana é conhecida como inteligência artificial. Envolve o desenvolvimento de software e hardware inteligentes para imitar habilidades humanas, como aprendizado e solução de problemas. Muitas empresas estão recorrendo à IA para analisar seus dados para tomar decisões informadas, com aproximadamente 35% das empresas tendo IA integrada e 9 em cada 10 organizações usando essa tecnologia para permanecer à frente no mercado. Os governos em todo o mundo estão fazendo investimentos substanciais em pesquisa e desenvolvimento de IA e, de acordo com a Goldman Sachs, os investimentos globais de IA devem atingir cerca de US $ 200 bilhões até 2025.

Source: https://www.fortunebusinessinsights.com/pt/industry-reports/artificial-intelligence-market-100114

Para saber mais, acesse o link>

Fonte:  Future Business   /   Publicação  03/11/2025

https://www.fortunebusinessinsights.com/pt/industry-reports/artificial-intelligence-market-100114#:~:text=O%20tamanho%20do%20mercado%20global,durante%20o%20per%C3%ADodo%20de%20previs%C3%A3o.

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sábado, 8 de novembro de 2025

Mesmo sem alcançar US$ 1 trilhão, Musk já é pessoa mais rica da história

Caro(a) Leitor(a)







Antes da era digital, a riqueza das pessoas era medida principalmente pelo impacto no Produto Interno Bruto (PIB)

Nem John Davison Rockefeller, nem o Barão de Mauá, nem Mansa Musa: a pessoa mais rica da história do mundo, considerando quase todos os parâmetros para os cálculos, até agora, é o sul-africano Elon Musk, CEO de companhias como Tesla (TSLA), SpaceX e X (antigo Twitter).

Musk, que tem uma fortuna estimada em US$ 482 bilhões, segundo o índice de bilionários da Bloomberg, teve um pacote de remuneração de US$ 1 trilhão aprovado pelo quadro de acionistas da Tesla na quinta-feira, 6, o que pode acelerar a jornada do

Ou seja, Musk precisaria aumentar sua fortuna em aproximadamente US$ 518 bilhões para se tornar o primeiro trilionário. Algo que, para ele, pode não ser tão impossível assim.

O PIB como métrica

Antes da era digital, a riqueza das pessoas era medida principalmente pelo impacto no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, e não apenas pela soma nominal de ativos. A métrica A métrica considerava o domínio econômico de uma pessoa em seu tempo.

Em termos proporcionais ao PIB, nomes históricos ainda rivalizam ou superam Musk. Rockefeller, por exemplo, controlava cerca de 1

controlava cerca de 1,5% a 1,6% da economia dos Estados Unidos em 1913, o que chega bem perto do 1,61% de Musk em 2025.

Jakob Fugger, banqueiro europeu do século XVI, chegou a deter de 2% do PIB da Europa, equivalente a aproximadamente US$ 400 bilhões ajustados pelos valores atuais.

Mansa Musa, imperador do Mali entre 1312 e 1337, é frequentemente apontado como o mais rico da história, mas historiadores alertam para a imprecisão desses cálculos. Durante sua peregrinação a Meca, distribuiu tanto ouro que desvalorizou o metal no Egito por mais de uma década.

Já o imperador romano Augusto César controlava de forma direta ou indireta até 30% da economia global de sua época. Estimativas sugerem que isso equivaleria hoje a até US$ 4,9 trilhões — mas especialistas reconhecem um alto grau de especulação nessa estimativa.

Riqueza nominal vs. influência econômica

No critério de riqueza nominal (a soma absoluta em dólares) Musk lidera com folga.

Seus quase US$ 500 bilhões superam os picos de Jeff Bezos (US$ 260 bilhões), Mark Zuckerberg (US$ 250 bilhões) e Bernard Arnault (US$ 209 bilhões).

Rockefeller, frequentemente citado como o homem mais rico da era industrial, acumulou US$ 900 milhões em 1913, o que corresponderia a cerca de US$ 26 a US$ 29 bilhões em valores atuais — uma diferença de até 94,6% em relação a Musk.

A diferença entre riqueza nominal e poder econômico contextualizado é o que complica as comparações históricas.

Enquanto Musk detém seu patrimônio majoritariamente em ações de empresas de tecnologia, figuras como Rockefeller ou Fugger operavam com ativos tangíveis, como petróleo e metais preciosos.

E o Barão de Mauá?

No Brasil, Irineu Evangelista de Sousa, o barão de Mauá, foi considerado o homem mais rico do país no século XIX.

Em seu auge, controlava oito das dez maiores empresas nacionais, além de bancos, ferrovias, estaleiros e companhias de navegação que modernizaram a economia brasileira. Sua atuação também se estendia ao exterior, com negócios na Inglaterra, Uruguai e Argentina.

O impacto de sua fortuna era tão grande que, em meados de 1867, ela ultrapassava o próprio orçamento do Império do Brasil. Segundo estimativas, seu patrimônio acumulado chegaria hoje a cerca de US$ 80 bilhões — valor expressivo, mas ainda distante dos atuais quase US$ 500 bilhões de Musk.

A principal diferença entre os dois está na escala econômica em que atuavam. Enquanto Mauá dominava amplamente uma economia de base agrária e industrial incipiente, Musk concentra sua riqueza em setor

As fortunas do século XIX também eram baseadas em ativos tangíveis — terras, navios, infraestrutura, metais —, ao passo que a de Musk é composta majoritariamente por ações de companhias de capital aberto, cujas avaliações flutuam com o mercado.

Apesar de sua relevância econômica, o império de Mauá enfrentou forte resistência da elite conservadora da época, especialmente após a Guerra do Paraguai, e colapsou em meio a uma crise financeira.

Ao final da vida, ele voltou à atividade como corretor de café e morreu com recursos bastante reduzidos em relação à sua antiga fortuna.

Por que os parâmetros de riqueza mudaram?

Até o início do século XX, era comum avaliar a riqueza de uma pessoa com base na fatia que ela detinha do PIB de seu país ou região.

Essa métrica refletia o poder econômico relativo, mostrando quanto da produção nacional estava concentrada nas mãos de um único indivíduo.

A mudança de paradigma começou com a consolidação dos mercados de capitais e da globalização financeira.

Com o avanço das bolsas de valores, tornou-se mais relevante medir fortunas pela valorização de ativos líquidos, como ações, participações em empresas e investimentos privados.

Isso levou à adoção do conceito moderno de net worth — ou patrimônio líquido — calculado com base na soma de ativos menos passivos.

O PIB também se mostrou impreciso para comparar contextos econômico diferentes. Enquanto o império romano representava até 30% da economia global no tempo de Augusto César, o PIB atual é fragmentado entre centenas de países com realidades distintas.

Outro desafio é que o PIB mede produção anual, e não acumulação de riqueza ao longo do tempo. Uma pessoa pode ser dona de empresas avaliadas em bilhões mesmo que o país onde reside tenha um PIB relativamente pequeno, como ocorre com bilionários em países emergentes.

Hoje, o PIB ainda é usado como métrica auxiliar, sobretudo para indicar o peso econômico de uma fortuna em seu contexto nacional. Mas o cálculo principal passou a considerar o valor de mercado dos controlados.

O que é considerado atualmente para calcular a fortuna de um bilionário?

Para calcular o patrimônio líquido do homem mais rico do mundo e de outros bilionários, sites como a Forbes e a Bloomberg combinam dados públicos e análises especializadas.

As estimativas de fortuna consideram o valor total dos ativos do indivíduo — como participações em empresas, imóveis, obras de arte e dinheiro em caixa — subtraindo as dívidas e outras obrigações financeiras.

Na Forbes, participações em companhias listadas na bolsa são avaliadas com base em documentos da SEC e preços de ações. Já para empresas privadas, o processo exige entrevistas com sócios, concorrentes, consultores financeiros e análise de dados de mercado.

Também entram na conta: imóveis, terras, coleções de arte, aviões, iates e joias. Esses itens são avaliados com base em vendas recentes e registros públicos. Após reunir todas as informações, a Forbes a Forbes subtrai dívidas declaradas para estimar o valor líquido final.

A Bloomberg segue uma metodologia similar, mas com algumas particularidades: atualiza os números diariamente, às 17h30 (no horário de Nova York), com base na variação das ações. Para ativos privados, utiliza fontes como registros judiciais, reportagens e documentos empresariais.

Diferente da Forbes, a Bloomberg aplica descontos com base nas alíquotas máximas de impostos sobre renda, dividendos e ganhos de capital, dependendo do país de residência do bilionário. Também estima o retorno dos investimentos em dinheiro e ativos líquidos, considerando uma combinação de ações, títulos públicos e commodities.

No caso de fortunas familiares, a Bloomberg atribui o valor ao membro da família que tem controle direto dos ativos, mesmo que eles estejam registrados em nome de parentes.

O veredito

Se o critério for a riqueza nominal ajustada, Musk é o mais rico da história registrada.

Mas, em influência proporcional sobre o sistema econômico de seu tempo, ele empata com gigantes como Rockefeller e Fugger, e fica atrás de figuras como Mansa Musa e Augusto César — cuja fortuna, mesmo incerta, representava fatias maiores de suas respectivas economias.

A trajetória de Musk, no entanto, ainda está em curso — e com um pacote de remuneração trilionário aprovado, ele pode ser também o primeiro trilionário real da história. É ficar de olho nos mercados.

Para saber mais, acesse o link>

Fonte: Exame.com/Invest /  Tamires Vitorio   / Publicação  08/11/2025

https://exame.com/invest/mercados/mesmo-sem-alcancar-us-1-trilhao-musk-ja-e-pessoa-mais-rica-da-historia/

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quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Economia global enfrenta obstáculos relacionados a tensões comerciais

Caro(a) Leitor(a)

















A economia global enfrenta obstáculos consideráveis, decorrentes sobretudo da intensificação das tensões comerciais e da incerteza política global. Para os mercados emergentes e economias em desenvolvimento (EMDEs), esse cenário delicado limita a capacidade de gerar empregos e reduzir a pobreza extrema. O contexto desafiador é agravado pelo baixo volume de investimento estrangeiro direto nas EMDEs. A cooperação internacional é essencial para restaurar um ambiente comercial mais estável globalmente e ampliar o apoio aos países vulneráveis, incluindo aqueles em situações frágeis e de conflito. Ações de política interna também são cruciais para conter o risco de inflação e fortalecer a resiliência fiscal. Para impulsionar a geração de empregos e o crescimento a longo prazo, as reformas devem priorizar a melhoria da qualidade institucional, a atração de investimento privado e o fortalecimento do capital humano e do mercado de trabalho.

Para saber mais, acesse o link>

Fonte: World Bank

https://www.worldbank.org/pt/publication/global-economic-prospects

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